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Dilma assina concessão de rodovias e ataca ‘pessimistas’

Nos três trechos formalizados nesta quarta-feira, os descontos oferecidos superaram os 50%; investimentos devem somar 18,2 bilhões de reais

Por Da Redação
12 mar 2014, 22h11

Criticada pelos modestos resultados obtidos na economia, a presidente Dilma Rousseff mandou um recado nesta quarta-feira aos mais pessimistas durante a cerimônia de assinatura dos contratos de concessão de três lotes de rodovias leiloados no final do ano passado: BR-163 no Mato Grosso, BR-163 no Mato Grosso do Sul e BR-040 entre Juiz de Fora (MG) e Brasília. “Esse programa começou, e houve muita desconfiança, houve gente muito pessimista em relação a ele”, disse. “Eu aproveito e uso de uma imagem feita pelo grande Nelson Rodrigues que dizia que os pessimistas fazem parte da paisagem assim como os morros, as praças e os arruamentos.” Os concessionários, acrescentou ela, vão mudar a paisagem. Por isso, concluiu, eles têm uma ação “fundamentalmente” otimista.

“Se estamos investindo 7 bilhões de reais, é porque estamos no grupo que faz parte da transformação”, comentou depois o diretor-presidente da concessionária BR-040, Tulio Abi-Saber. Para reunir esse grupo, o governo remanejou as datas das assinaturas dos contratos, para concentrá-los todos ontem e criar uma agenda positiva em meio à crise que o governo enfrenta no front político. O programa de concessões é apontado no setor privado como um acerto da gestão Dilma. Mas sempre com a ressalva que ele só decolou depois que o governo recuou de seu modelo original e adotou as mudanças pedidas pelas empresas.

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Modicidade tarifária – Depois dos ajustes, os leilões realizados no final do ano passado foram concorridos. Nos três trechos formalizados nesta quarta, os deságios oferecidos superaram os 50%, resultando em tarifas de pedágio na faixa de 2 a 4,50 reais para cada 1.000 km. “Não foi fácil, mas avançamos”, comentou o ministro dos Transportes, César Borges, que deu todos os créditos do sucesso a Dilma.

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Os três contratos preveem, juntos, investimentos de 18,2 bilhões de reais ao longo de 30 anos. Conforme o modelo do programa, as obras de duplicação terão de estar todas concluídas num prazo de cinco anos. E a cobrança de pedágio só começará depois que pelo menos 10% das obras de duplicação estiverem concluídas.

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Custo – A concentração dos investimentos no início do contrato foi um ponto de queda de braço entre o governo e o setor privado. Dilma reafirmou ontem que esse ponto é essencial. “Porque se levar dez anos, o custo do País aumenta.” Mas ela mesma reconheceu, em outro momento, que o governo vem tentando duplicar a BR-163 desde a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007. “Fico muito feliz de dar início a uma duplicação que desde o início do Programa de Aceleração do Crescimento, em 2007, nós procuramos efetivar alguns trechos”, comentou. “Agora nós temos essa rodovia, a 163, concessionada num dos trechos estratégicos.”

Obra do PAC – Dilma se refere a uma extensão de quase 1.700 km que vai da divisa do Paraná com o Mato Grosso do Sul até Sinop (MT). São dois contratos, com metade da extensão cada um. No Mato Grosso, a concessionária Rota do Oeste, liderada pela construtora Odebrecht, terá de duplicar aproximadamente 450 km, e o restante será feito com recursos públicos, no PAC. No Mato Grosso do Sul, há apenas 22 km duplicados. O restante terá de ser feito pela concessionária CCR MSVia. A BR-163 é um eixo de escoamento da produção de grãos do Centro-oeste para os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). Dilma comentou que o programa de concessões tem um foco claro em atender as regiões que são fronteira de produção.

(Com Estadão Conteúdo)

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