Desemprego avança de forma mais rápida nas capitais
Taxa de desocupação é maior nas áreas metropolitanas do que em outras regiões
A comparação entre os resultados da Pesquisa Mensal de Amostras por Domicílio (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), revela que a taxa de desocupação está avançando mais rápido nas principais capitais brasileiras do que em outras regiões.
De acordo com a Pnad Contínua, a taxa de desocupação no Brasil aumentou 0,4 ponto porcentual entre o primeiro e o segundo trimestres de 2015, de 7,9% para 8,3%. Já o desemprego medido pela PME cresceu 0,6 ponto porcentual em apenas um mês, passando de 6,9% para 7,5% entre junho e julho.
O economista Alexandre Andrade, da GO Associados, pontua que em São Paulo, onde a indústria e a construção civil são setores mais importantes, a taxa de desemprego está em 9%, acima da média captada pela Pnad, de 8,3%. Por outro lado, em regiões onde o agronegócio é mais forte, a desocupação está mais baixa, em 5,5% na região Sul e em 7,4% na região Centro Oeste. Segundo ele, a tendência é que esta diferença continue devido à natureza econômica de cada região e ao diferente momento dos setores da atividade, com construção e indústria em queda e o agronegócio registrando ganhos.
O desemprego só não avançou ainda mais porque as pessoas estão aceitando formas precárias de ocupação para garantir a renda. “Chama a atenção o aumento da ocupação de quem se declara ‘conta própria’. São pessoas que não conseguem encontrar emprego formal e partem para negócios próprios” explicou Andrade.
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(Com Estadão Conteúdo)