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Depois de bancos, Espanha luta para salvar regiões

Por Da Redação
20 jun 2012, 09h28

Por Amanda Cooper

MADRI, 20 Jun (Reuters) – As regiões da Espanha afetadas por gastos excessivos tiveram uma folga das manchetes dos jornais, uma vez que os bancos endividados receberam boa parte da culpa pelo país ter caído numa crise.

Mas boa parte das regiões, que são amplamente responsáveis pela Espanha não ter atingido as metas de déficit por uma margem grande no ano passado, podem se tornar logo um problema ainda maior para o país e seus bancos se os custos de empréstimo não caírem.

Incapazes de conseguir dinheiro do governo, que também sofre para levantar fundos nos mercados e está relutante em assumir empréstimos bancários de curto prazo, algumas regiões podem precisar reestruturar suas carteiras de dívida, o que significa que os detentores de títulos irão assumir perdas.

Acredita-se que esses detentores são bancos domésticos, que já precisam de 100 bilhões de euros da União Europeia para cobrir perdas oriundas do mercado imobiliário.

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“Para as regiões, é uma possibilidade. Em algum ponto, o governo não poderá assumir toda a dívida”, disse o estrategista sênior de taxas do ING Alessandro Giansanti.

“O pior cenário possível? Em algum ponto, as regiões não serão capazer capazesde pagar seus títulos no mercado e os detentores precisarão assumir perdas, quando aparecer quem são os verdadeiros detentores desses títulos. Isso se volta para os bancos.”

O governo da Espanha tem um plano de jogar o peso de seu rating de crédito mais alto nas regiões, mutualizando suas dívidas por meio de “hispanobônus” ou garantias para os títulos de cada região em troca de metas ambiciosas de déficit.

A maior parte das regiões poderia participar de tal mecanismo depois de reportar um orçamento equilibrado para o primeiro trimestre por causa das transferências multi-bilionárias do governo central.

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Mas, depois que a dívida soberana da Espanha teve o rating cortado na semana passada, há dúvidas sobre como Madri irá evitar que sua enorme dívida exploda, deixando em aberto como irá apoiar as regiões, que têm outros 15 bilhões de euros para refinanciar nos próximos seis meses.

Os temores estão aumentando agora de que a Espanha se unirá a Grécia, Irlanda e Portugal ao precisar de um resgate nacional.

“Claramente o país está sofrendo para se financiar e então o apoio às regiões ficará cada vez mais difícil de assumir”, disse a analista de renda fixa do Investec, Elisabeth Afseth.

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