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Déficit em transações correntes é o pior da história para fevereiro

Em fevereiro, saldo ficou negativo em 6,625 bilhões de dólares. BC prevê déficit maior em 2013 devido à grande saída de lucros de empresas

Por Da Redação
22 mar 2013, 13h03

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 6,625 bilhões de dólares em fevereiro, informou o Banco Central nesta sexta-feira, em sua nota do Setor Externo. O resultado do mês passado veio pior do que esperavam economistas, cuja mediana de estimativas era de um saldo negativo de 6,1 bilhões de dólares, e muito acima do apurado em fevereiro de 2012 (déficit de 1,729 bilhão de dólares). No acumulado em 12 meses encerrados em fevereiro, o déficit em conta corrente do país ficou em 2,79% do Produto Interno Bruto (PIB) ou 17,997 bilhões de dólares. O déficit apurado no mês passado é o quarto pior da série histórica do BC e o pior para meses de fevereiro desde o início da contagem, em 1980.

No primeiro bimestre de 2013, o déficit em conta corrente somou 17,997 bilhões de dólares, o que representa 4,82% do Produto Interno Bruto (PIB). No acumulado dos 12 meses até fevereiro deste ano, o rombo é de 63,464 bilhões de dólares, o equivalente a 2,79% do PIB. Economistas atribuem a alta do déficit às remessas de lucros e dividendos de empresas multinacionais presentes no Brasil ao exterior e à deterioração do resultado da balança comercial.

Diante dos resultados do mês, a autoridade monetária aumentou a projeção de déficit em transações correntes do país a 67 bilhões de dólares em 2013, ante estimativa de 65 bilhões de dólares. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou que a previsão para o déficit em março é de 6,3 bilhões de dólares, o que representa uma ligeira melhora em relação ao mês anterior.

Em 2012, o déficit em transações correntes brasileiras foi de 54,246 bilhões de dólares. Segundo as projeções, o resultado não será compensado pelos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) que chegarem no país ao longo do ano, que devem ficar em 65 bilhões de dólares, segundo as contas do BC.

A autoridade informou ainda que o saldo líquido de remessas de lucros e dividendos ficou negativo em 2,174 bilhões de dólares em fevereiro, ante uma saída líquida de 528 milhões de dólares verificada em igual mês do ano passado. No acumulado de 2013 até fevereiro, as remessas líquidas somaram 4,242 bilhões de dólares, ante 1,510 bilhão de dólares no mesmo período de 2012.

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Balança comercial – Em fevereiro, a balança comercial registrou déficit de 1,278 bilhão de dólares, com exportações somando 15,549 bilhões de dólares contra importações de 16,827 bilhões de dólares. O saldo negativo prevaleceu mesmo com os esforços empreendidos pelo governo brasileiro em proteger a indústria, tais como imposição de conteúdo nacional para setores estratégicos e barreiras no comércio exterior. Além da balança, as contas de serviços e rendas, outros itens que compõe a conta das transações correntes, registraram déficits de 3,182 bilhões de dólares e 2,667 bilhões de dólares, respectivamente.

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IED – Em fevereiro, os Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil somaram 3,814 bilhões de dólares, um pouco acima do previsto pelos analistas (3,531 bilhões de dólares) e do registrado em igual mês do ano passado (3,646 bilhões de dólares). No acumulado do ano até fevereiro, o IED somou 7,517 bilhões de dólares, o equivalente a 2,01% do PIB, contra 9,051 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado. No acumulado em 12 meses até fevereiro, o IED está em 63,737 bilhões de dólares, o que corresponde a 2,80% do PIB.

Dívida externa – O BC informou ainda que a sua estimativa para a dívida externa brasileira para 2013 ficou em 316,295 bilhões de dólares em fevereiro. Em dezembro do ano passado, a dívida externa total estava em 312,898 bilhões de dólares. Segundo o BC, os principais fatores de variação da dívida entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano, estão as captações líquidas de empréstimos tomados pelo setor bancário e pelo governo de 3 bilhões de dólares e 1,3 bilhão de dólares, respectivamente.

As amortizações líquidas de títulos pelo setor bancário foram outro ponto citado pelo BC e somaram 917 milhões de dólares. Já a variação por paridade de moedas foi responsável pela redução do estoque da dívida de longo prazo em 142 milhões de dólares.

(com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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