Decisão sobre reajuste do seguro-desemprego é adiada
Motivo do cancelamento foi a necessidade de deliberação dos membros do Codefat sobre o assunto
A decisão sobre o reajuste do seguro-desemprego, que seria nesta quarta-feira, foi adiada e ainda não tem nova data, conforme disse o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. No dia 23 de julho o governo anunciou que vai mudar a fórmula de correção do seguro-desemprego a partir de agosto e que a aprovação seria feita nesta reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).
Segundo Dias, o motivo do adiamento foi a necessidade de deliberação dos membros sobre a resolução do conselho, que aprovará ou não o novo cálculo. Segundo a Agência Brasil, a assessoria de imprensa do ministério informou que existe a possibilidade de a nova reunião ser marcada para o dia 15 de agosto.
A proposta é que, com a mudança, o seguro-desemprego volte a ser corrigido pela mesma fórmula aplicada ao salário mínimo, que leva em conta a inflação passada e o crescimento da economia. Hoje o benefício é reajustado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A estimativa é que o reajuste causaria um impacto de 250 milhões de reais nos gastos até o fim do ano.
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Na última semana, o Ministério do Trabalho chego a dizer que o reajuste estava acertado com o governo, mas voltou atrás depois que o Ministério da Fazenda, Guido Mantega, negou ter dado aval ao novo cálculo, que aumentaria de 6,2% para 9% a correção do seguro dos trabalhadores que ganham acima de um salário mínimo (678 reais).
Cerca de 50% dos trabalhadores que têm direito ao seguro-desemprego deverão ser afetados pela medida, de acordo com o Ministério. Atualmente, são gastos aproximadamente 30 bilhões de reais por ano com o pagamento do benefício.