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Comissão da Petrobras aponta irregularidades em licitações de refinaria

Problemas envolvem as obras na refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 Maio 2015, 22h49

Três integrantes da comissão interna da Petrobras que investiga irregularidades nas obras de modernização da refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, disseram nesta quarta-feira ao juiz Sergio Moro terem encontrado “inconformidades” no projeto. Os principais problemas são a inclusão de empresas na licitação, mesmo após a concorrência já ter sido iniciada, e a aceitação de projetos-base “imaturos”, que depois necessariamente passariam por aditivos e aumentos de prazo.

Os depoentes destacaram que as empresas Alusa Engenharia e Construcap, integrantes do clube do bilhão de empreiteiras, foram incluídas na obra de forma irregular, com a licitação já em andamento. A declaração dos funcionários da comissão interna da Petrobras reforça o entendimento do Ministério do Público de fraude em licitações e combinação prévia de empresas para disputar projetos da estatal.

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“A não conformidade foi a imaturidade dos projetos, que aumentaram custo e prazo. A Petrobras foi a mercado mesmo sabendo, de antemão, que teria de acrescentar itens ao contrato”, disse o gerente geral de Projetos de Energia e Infraestrutura Wilson Cezar Brasil Junior, que integra a comissão interna de apuração da Repar.

O gerente geral de Abastecimento e Refino Wilson Carvalho Macedo, coordenador da comissão interna, disse que houve uma série de procedimentos internos descumpridos na Repar, com a inclusão de empresas que não atendiam critérios básicos de seleção. Os depoentes, porém, disseram que não faz parte da investigação deles o pagamento de propina a ex-gerentes da estatal, como Paulo Roberto Costa ou Renato Duque.

Cinco consórcios de empreiteiras foram contratados pela Petrobras para as obras na Repar por 7,5 bilhões de reais. Segundo a Polícia Federal, as planilhas dos contratos têm sobrepreço de 1,4 bilhão de reais. Os procuradores sustentam que parte do dinheiro pago às construtoras na Repar pode ter sido repassado a empresas suspeitas de integrar o esquema, como teria ocorrido na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Ao quebrar o sigilo da MO Consultoria, uma das empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, investigadores detectaram um depósito de 617.000 reais da construtora OAS, uma das empresas que integra o consórcio Conpar, que detém um dos contratos para obras na Repar. O MP aponta ainda repasse de 3,6 milhões de reais da Repar à Sanko Sider, empresa citada na operação Lava-Jato como peça do esquema de desvios na Petrobras.

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