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Comércio adota cautela e adia pedidos de Natal

Encomendas já deveriam estar a pleno vapor em setembro, mas os relatos de segmentos da indústria são de que até agora pouca coisa avançou

Por Da Redação
16 set 2014, 12h12

As incertezas em relação à demanda dos consumidores têm reforçado a cautela dos varejistas, que têm adiado as encomendas para o Natal, a principal data do comércio. Tradicionalmente, os pedidos já estariam a pleno vapor em setembro, mas os relatos de diferentes segmentos da indústria são de que até agora pouca coisa evoluiu. O endividamento das famílias, a menor expansão do crédito e a confiança do consumidor em níveis historicamente baixos colocaram os comerciantes na defensiva.

“O quadro é de cautela. A maioria dos setores está segurando as encomendas em rédeas curtas”, diz o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Diante deste cenário, a CNC espera um avanço de 3% nas vendas durante o Natal (projeção com viés de baixa), o que seria o pior resultado desde 2004. Nessa esteira, a geração de trabalhos temporários (138,7 mil) também deve ser a menor em seis anos, com avanço de 0,8% sobre as vagas criadas em 2013.

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Indústria – A falta de encomendas tem contribuído para a ociosidade nas fábricas de calçados, mesmo em um período que deveria concentrar pedidos das novas coleções de verão e do Natal. “Em condições normais de mercado, a esta altura a indústria já estaria trabalhando intensamente”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein. A situação, porém, é de marasmo, com fornecedores ainda estocados.

Na indústria têxtil, o retrato é de pedidos próximos de zero. “As encomendas começam a acontecer, mas não é (em um ritmo) avassalador”, diz o superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel. Segundo ele, as carteiras de pedidos para o setor estão magras.

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No caso dos produtos de informática e comunicação, como celulares, as encomendas costumam ter início a partir de outubro, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Com receio de ficarem com mercadorias encalhadas, é provável que os varejistas adiem ao máximo os pedidos, deixando para a última hora. O risco disso é que a indústria não dê conta e deixe alguns estabelecimentos de prateleiras vazias.

(Com Estadão Conteúdo)

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