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Com impasse no Parlamento, Atenas tem dia de protestos contra credores

Cerca de 2.500 pessoas se manifestaram em frente ao Parlamento grego, que discute hoje as exigências impostas pelos países da zona do euro para liberar o novo pacote de ajuda financeira

Por Da Redação
15 jul 2015, 18h39

Milhares de pessoas protestam nesta quarta-feira no centro de Atenas contra as medidas de austeridade que estão sendo apreciadas pelo Parlamento grego neste momento. As propostas foram acertadas entre o governo grego liderado pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, e os líderes dos países da zona do euro como condição para o país receber um novo socorro financeiro que pode chegar a 86 bilhões de euros.

A manifestação organizada pela confederação dos sindicatos do setor público Adedy, que também convocou uma greve geral para hoje, chegou a reunir cerca de 2.500 pessoas na praça Syntagma, em frente ao Parlamento grego, de acordo com informações da polícia. Alguns manifestantes mais exaltados – de ideologia anarquista, segundo a polícia -, chegaram a atacar coquetéis molotov contra a polícia, que revidou com bombas de gás lacrimogêneo.

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A greve convocada para hoje – a primeira desde que o Syriza chegou ao poder, em janeiro – teve pouco adesão, segundo a agência EFE. O movimento foi efetivo apenas no sistema de trens, que pararam de circular durante a noite, e nos hospitais, que só realizaram atendimentos de emergência. Outros serviços, como de ônibus e bondes, funcionaram normalmente ao longo do dia.

Apesar da visível indignação dos gregos com o pacote de austeridade, que inclui aumento de impostos, privatizações e reformas no sistema previdenciário, uma pesquisa divulgada nesta quarta mostrou que a maioria da população é a favor do pacote de austeridade por acreditar que ele é a única forma de manter a Grécia na zona do euro. Segundo o levantamento feito pelo instituto Kappa Research e divulgado pelo jornal To Vima, 51,5% dos cidadãos apoiam o acordo com os credores, enquanto 47,1% são contrários. O estudo ainda aponta que 72% das pessoas veem as medidas como necessárias diante da falta de alternativas melhores.

Essa é a mesma opinião compartilhada por Tsipras, que afirmou ontem em rede nacional que considera o acordo “ruim”, mas o único possível para “evitar um desastre”. Em reunião do seu partido, o esquerdista Syriza, o premiê fez um último apelo aos seus correligionários para que votem a favor das propostas. Segundo ele, se o plano pactuado com os credores não passar pelo Legislativo, ele provavalmente renunciará ao cargo. “Sou um primeiro-ministro porque tenho um grupo parlamentar que me apoia. Se eu não tiver o apoio dele, será difícil ser primeiro-ministro no dia seguinte”, disse ele aos colegas, segundo uma fonte do governo.

Além de ser avaliado pela Grécia, o pacote de ajuda financeira precisa ser aprovado pelos parlamentos dos países envolvidos nas negociações. A Assembleia Nacional da França o aprovou nesta quarta-feira por grande maioria (412 votos a favor, 69 contra e 49 abstenções) sob o argumento de evitar que a Grécia saia da zona do euro, o que poderia resultar em consequências imprevisíveis para o bloco. A Alemanha, que coordenou as conversações e para quem a Grécia deve mais dinheiro, informou que só vai colocar o pacote em votação após o aval do Parlamento grego.

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