A China prepara uma série de medidas para administrar a entrada de estrangeiros, muitos deles ocidentais, que fogem da crise global atraídos pelo avanço de sua economia. O Legislativo chinês iniciou na segunda-feira a redação de um documento para regulamentar a expulsão e deportar os estrangeiros que permanecem ou trabalham de forma ilegal em seu território. A medida confirma que Pequim não vai abrigar dos emigrantes que fogem do colapso ocidental.
A minuta da primeira lei sobre estrangeiros na China, considera que “os qualificados”, ou aqueles que realizam “contribuições destacadas ao desenvolvimento econômico ou social do país” poderão ter residência permanente, enquanto os ilegais serão detidos e deportados.
O vice-ministro de Segurança Pública, Yang Huanning, citado pela agência estatal Xinhua, afirmou que “um grande número de estrangeiros não se encontra em posse de seus documentos legais”. Por isso, a polícia pediu “apoio legal” para realizar investigações, cobrar multas de entre 5 e 20 mil iuanes (entre US$ 790 e US$ 3.160) e aplicar detenções de até 15 dias aos infratores – que não poderão retornar à China durante cinco anos.
Segundo dados de 2009 do Escritório de Segurança Pública, na China vivem meio milhão de estrangeiros, e o número de visitas anuais cresceu 10% em 2010, atingindo 52 milhões. O balanço de 2011 não está fechado.
Em Xangai, o centro financeiro da China e segunda cidade com maior número de residentes expatriados (atrás de Pequim), 27,3% dos 104.300 dos moradores estrangeiros chegaram ao local em busca de trabalho. Oestrangeiros que chegam a Xangai ficam, em média, 21 meses na cidade.
(Com EFE)