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China emprestará US$ 20 bilhões para a África

Anúncio foi feito pelo presidente chinês Hu Jintao durante a quinta conferência ministerial do Fórum de Cooperação China-África (Focac)

Por Da Redação
19 jul 2012, 12h22

A China anunciou nesta quinta-feira que dobrará, para 20 bilhões de dólares, seus créditos à África e se comprometeu a fazer com que seus investidores também beneficiem os africanos, em uma decisão que coroa a presença crescente da segunda economia mundial no continente.

O presidente chinês, Hu Jintao, fez o anúncio na presença do presidente sul-africano, Jacob Zuma, do presidente de Benin e da União Africana, Boni Yayi, e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na inauguração da quinta conferência ministerial do Fórum de Cooperação China-África (Focac). Hu explicou que os empréstimos, dos quais não especificou a duração, serão destinados a infraestrutura, agricultura, indústria manufatureira e ao desenvolvimento de pequenas e médias empresas.

Este novo pacote de créditos dobra os 10 bilhões de dólares que a China anunciou em 2009, na edição anterior do Fórum, celebrada na cidade egípcia de Sharm el Sheij. A segunda economia mundial tem realizado grandes investimentos no continente africano, principalmente nas matérias-primas necessárias para seu crescimento. “Os destinos de China e África estão intimamente ligados e a amizade entre ambos está profundamente arraigada em seus povos”, disse Hu Jintao em seu discurso inaugural. “A China apóia com franqueza os países africanos que seguem uma via própria de desenvolvimento”, disse o presidente.

Desde 2009, a China é o principal sócio comercial da África. O intercâmbio comercial entre ambos alcançou no ano passado 166,3 bilhões de dólares, uma alta de 83% em relação a 2009, segundo o Ministério do Comércio chinês, que indica que a China se tornou o primeiro sócio comercial da África. Hu Jintao também anunciou que o país aumentará sua ajuda a África, financiará a formação de 30.000 pessoas, dará becas a 18.000 estudantes e enviará médicos ao continente.

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Nos últimos três anos, a ajuda da China ao desenvolvimento do continente aumentou em 60%, disse nesta terça-feira o porta-voz do Ministério do Comércio, Shen Danyang. Os investimentos diretos chineses à África também aumentaram em 60% desde 2009 e alcançaram 14,7 bilhões de dólares ao final de 2011, de acordo com a mesma fonte. A China possui mais de 2.000 empresas investindo no continente.

A cooperação com a China é uma oportunidade “para os países africanos para diversificar suas economias, criar emprego e melhorar a saúde e a educação”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na abertura do Fórum. O presidente sul-africano Jacob Zuma, lembrou, no entanto, sobre o desequilíbrio das relações comerciais entre ambos os sócios. “Este modelo de comércio não é viável no longo prazo. A experiência econômica da África com a Europa no passado mostra que é preciso ser prudente antes de se comprometer a colaborar com outras economias”, disse.

Os empresários chineses que possuem interesses na África firmaram na quinta-feira uma “declaração de responsabilidade social”, na qual se comprometem a “respeitar os costumes locais, acelerar as transferências de tecnologia, contribuir mais com os impostos locais e proteger o meio ambiente”. Eles também assinaram acordos de 340 milhões de dólares com oito países africanos nos setores de finanças, transporte aéreo e agricultura.

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Segundo Yu Ping, vice-presidente do conselho chinês para a promoção do comércio internacional, as empresas “estão cada vez mais atentas a sua responsabilidade social” e acusou a imprensa de gerar uma imagem ruim da situação. A presença chinesa na África provoca com frequência atritos, principalmente quando as empresas chinesas levam seus próprios trabalhadores, não respeitam os direitos trabalhistas e maltratam empregados.

Após duras críticas do presidente zambiano, Michel Sata, durante sua campanha eleitoral no ano passado, a China é agora bem-vinda no país, com investimentos de mais de 6 bilhões de dólares desde 2007.

(Com Agência France-Presse)

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