Carrefour destaca desempenho do Brasil no resultado do grupo no semestre
Empresa reportou um lucro líquido de € 218 milhões nos primeiros seis meses do ano. América Latina teve crescimento de 20% no período
O diretor-financeiro do grupo francês Carrefour, Pierre-Jean Sivignon, ressaltou, nesta sexta-feira, a capacidade da filial brasileira da varejista de gerar bons resultados a despeito da situação econômica adversa por que passa o Brasil. Apesar do elogio, o executivo afirmou que a empresa está atenta à variação e à volatilidade das moedas na América Latina, especialmente o real.
“A América Latina gerou resultado muito bom no semestre e as vendas no Brasil e na Argentina foram excelentes. No Brasil, as vendas orgânicas cresceram apesar do ambiente econômico desfavorável. Houve aceleração da inflação no Brasil, mas abrimos novas lojas no país”, disse Sivignon ao comentar o resultado operacional na região.
O grupo divulgou nesta sexta que teve lucro líquido de 218 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, significativamente menor que o ganho de 441 milhões de euros apurado em igual período de 2014. No balanço apresentado aos investidores, o resultado do conjunto de filiais da América Latina reportou resultado 20% maior no primeiro semestre na comparação com o ano passado.
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Já o presidente do grupo, Georges Plassat, foi questionado, durante apresentação aos investidores e analistas sobre as diferenças dessa percepção otimista da varejista em relação à de muitos empresários que reclamam do país. Foi citado inclusive o caso da francesa L’Oréal e de seu presidente, Jean-Paul Agon, que reclamou, na quinta-feira, 30, que o Brasil prejudicou o resultado da companhia. “Talvez, pela crise, você prefira ter uma comida boa na mesa a um creme bom no rosto. Se eles estão desapontados com o Brasil, é problema deles”, disse, frisando que se tratava apenas de uma piada.
Plassat explicou que o Carrefour obtém bons resultados no Brasil porque a empresa está em processo de transformação com a expansão de vários formatos, como o atacarejo e as lojas de vizinhança, além da reforma dos hipermercados.
(Com Estadão Conteúdo)