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Brizola Neto não comparece à cerimônia de transferência de cargo

Ex-ministro deixou apenas uma carta para ser lida durante o evento, em que desejou ao sucessor que consiga trazer união ao partido

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 mar 2013, 20h22

Demitido do comando do Ministério do Trabalho na última sexta-feira, o ex-ministro Brizola Neto (PDT-RJ) não compareceu à cerimônia de transmissão do cargo ao recém-empossado Manoel Dias (PDT-SC). Sem justificar a ausência, ele enviou uma carta a Dias, na qual fez um balanço dos dez últimos anos de governo, congratulou o correligionário e, por fim, deixou uma sugestão do que ele mesmo não soube cumprir: representar todo o partido.

Criticado por não ter conseguido unir o PDT ao longo do pouco mais de um ano de mandato, Brizola Neto desejou ao substituto que ele saiba representar a união. “Desejo ao novo ministro sucesso em sua gestão e, com base em sua história de luta pelo direto dos trabalhadores, saiba ser a argamassa que une as partes”. E continuou: “O verdadeiro vencedor não é aquele que derrota o adversário, mas aquele que o traz para suas as fileiras.”

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Na nota de despedida, lida pelo secretário-executivo do Trabalho, Marcelo Aguiar, Brizola Neto não fez um balanço de seu governo. No lugar, comentou os avanços alcançados a partir de 2003 e fez afagos ao governo petista. “Os resultados positivos observados nos últimos dez anos não podem ser entendidos sem fazer referência à Dilma, que além dos equilíbrios macroeconômicos, caracterizou-se por uma clara opção redistributiva baseada no aprofundamento de direitos”, disse. Ele exaltou o aumento do salário mínimo e a diminuição da taxa de desemprego da última década.

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Manoel Dias agradeceu o recado e reforçou que a ausência do ex-ministro não causa estranhamento. “Parece que ele está viajando e determinou que o secretário-executivo fizesse a transferência”, afirmou. O novo ministro voltou a afirmar que, apesar de não estar no governo em decorrência do apoio à candidatura de Dilma, a aliança poderá ser firmada caso o partido se sinta atendido e possa praticar as políticas que defende.

Lupi, o retorno – O novo ministro jurou fidelidade a Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho demitido por denúncias de corrupção e atual presidente do PDT. Para Dias, Lupi foi injustiçado. “Eu não posso deixar de ser fiel a ele. Eu não posso negar a minha amizade porque alguém acha que ele errou. Eu acho que o Lupi não errou e sofre uma injustiça muito grande, até porque não tem processo contra ele”, disse.

Dias confirmou a nomeação de Paulo Roberto dos Santos Pinto, secretário-executivo à época em que surgiram as denúncias. O ministro garante que a motivação é unicamente a competência e o trabalho que o secretário tem a oferecer. “Eu tenho de ter segurança. Não posso fazer bobagem”, justificou.

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