Por Claudia Violante
São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a registrar fortes perdas na sessão de hoje, acompanhando o movimento de pânico visto nas bolsas no exterior. Em pouco mais de uma hora de pregão, o índice Bovespa desabou 2,7 mil pontos, superando 5% de perdas. Melhorou um pouco depois, ao menos para segurar os 53 mil pontos.
O Ibovespa terminou o dia em baixa de 3,52%, aos 53.134,10 pontos, no pior nível em mais de uma semana (desde os 51.395,29 pontos de 10 de agosto). Na mínima, registrou 52.246 pontos (-5,13%) e, na máxima, os 55.037 pontos (-0,07%). Com o tombo de hoje, as perdas em agosto voltaram a crescer, para 9,67%. No ano, a queda acumulada é de 23,33%. O giro financeiro totalizou R$ 6,93 bilhões. Os dados são preliminares.
O corre-corre visto logo na abertura dos negócios foi uma correção ao comportamento externo, onde as bolsas reagiram em baixa à revisão das projeções de crescimento econômico da Europa e dosEstados Unidos pelo banco Morgan Stanley e também à safra de indicadores ruins norte-americanos. O pior deles foi o índice de produção industrial do Fed da Filadélfia, que desabou para -30,7 em agosto, de 3,2 em julho, diante da previsão de 1,5. Embora o indicador seja pouco relevante, o tamanho da queda assustou os investidores.
O Dow Jones terminou o pregão com perda de 3,68%, aos 10.990,58 pontos. O S&P-500 perdeu 4,46%, aos 1.140,65 pontos, e o Nasdaq recuou 5,22%, aos 2.380,43 pontos.
Na Europa, o índice FTSE-100 da Bolsa de Londres recuou 4,49%; em Paris, o índice CAC 40 perdeu 5,48%, e, em Frankfurt, o índice Xetra DAX fechou em baixa de 5,82%.
No Brasil, os bancos também foram penalizados, mas não só eles: apenas sete ações do Ibovespa fecharam em alta.
Petrobras ON perdeu 3,90%, Petrobras PN, -2,73%, Vale ON,-5,02%, Vale PNA, -4,96%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o preço do contrato futuro de petróleo para setembro caiu 5,94%, para US$ 82,38 o barril.