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Bovespa amarga perda de 1,86% em dia de apreensão nos mercados

Bolsa paulista repete desempenho ruim das principais praças financeiras. Queda nos preços das commodities empurrou para baixo as cotações dos papéis do setor em todo o mundo

Por Da Redação
12 abr 2011, 18h22

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão desta terça-feira com forte retração na esteira do desempenho ruim das bolsas internacionais, que foram, por sua vez, empurradas ao campo negativo pelas quedas nos preços das ações ligadas a commodities e ao setor de energia. Os papéis, aliás, responderam ao declínio generalizado que se verificou nos mercados destes próprios produtos. No meio da tarde, o índice da bolsa paulista (Ibovespa) chegou a atingir a mínima de -2,12%, a 66 721 pontos, para, em seguida, recuperar-se levemente e fechar em baixa de 1,86%, a 66 896 pontos – a maior queda em dois meses.

Em todo o mundo, papéis ligados a commodities e ao setor de energia reagiram negativamente à notícia do aumento da gravidade do acidente nuclear na usina de Fukushima, no Japão. Para piorar o quadro pessimista, foram divulgadas declarações da Agência Internacional de Energia (AIE) e do Fundo Monetário de que preços acima de 100 dólares para o barril do petróleo já começam a atrapalhar a recuperação da economia global. A AIE afirmou, em seu relatório mensal, que as cotações da commodity já prejudicam o ritmo de recuperação da demanda. O FMI chegou até a reduzir as projeções de expansão do PIB dos Estados Unidos e do Japão. Por fim, analistas do Goldman Sachs soltaram um relatório nesta terça-feira em que prevêem “substancial” correção nos preços do petróleo (de até 15 dólares).

As expectativas negativas fizeram com que os papéis da Petrobras despencassem na bolsa paulista, figurando, inclusive, entre as maiores baixas do Ibovespa. As ações ordinárias da petrolífera fecharam com recuo de 3,55%. Já as preferenciais apresentaram retração de 3,1%. Ao que tudo indica, tiveram pouca influência as declarações do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, em Pequim, de que os preços da gasolina no mercado brasileiro podem subir se a cotação internacional do petróleo se mantiver nos níveis atuais.

Europa e Estados Unidos – Repercutindo o mau desempenho das commodities e do petróleo, a bolsas europeias fecharam em forte baixa. O índice Footsie-100, da Bolsa de Londres, mostrou queda de 1,47%, a 5 964,47 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o índice Dax perdeu 1,42% a 7 102,91 pontos, ao passo que o CAC 40, de Paris, cedeu 1,54% a 3 976,60 pontos.

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Nos Estados Unidos, além de todo o cenário global negativo, as ações também reagiram mal ao início da temporada de balanços corporativos. A Alcoa, uma das maiores fabricantes de alumínio do mundo e a primeira do índice Dow Jones a publicar os resultados, decepcionou o mercado com os números apresentados nesta terça-feira. O lucro líquido de 308 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2011 ficou abaixo das expectativas dos analistas. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 0,95%, para 12 264 pontos, ao passo que o S&P 500 cedeu 0,78%, para 1 314 pontos. Já a bolsa eletrônica Nasdaq registrou queda de 0,96% a 2 745 pontos.

Commodities e energia – As mineradoras tiveram algumas das perdas mais acentuadas do dia, pressionadas pelo declínio nos preços dos metais básicos. O cobre, por exemplo, teve queda de 2,4% na Bolsa de Metais de Londres (LME, na sigla em inglês), acompanhado por um declínio de mais de 4% no valor do chumbo, enquanto ouro e prata recuaram 1% e 2% na Comex, divisão de metais da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês).

Ainda nos Estados Unidos, as cotações dos contratos de petróleo para maio (tipo light crude) encerram o pregão desta terça-feira com decréscimo de 3,38%, a 106,24 dólares o barril.

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