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BNDES vai priorizar infraestrutura na concessão de crédito

Segundo entrevista do presidente da instituição a jornal, outros setores como comércio exterior e serviços pagarão mais por empréstimos

Por Da Redação
23 out 2013, 09h32

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai priorizar os setores de infraestrutura, as empresas intensivas em capital e os projetos que tragam inovação tecnológica na concessão do crédito mais barato e com maiores prazos. A informação foi dada pelo presidente da instituição, Luciano Coutinho, em entrevista ao jornal Valor Econômico. Setores tradicionalmente tomadores de empréstimos, como o comércio exterior e o de serviços, ficarão de fora e terão de pagar mais pelos financiamentos – ainda que taxas menores do que o mercado cobra.

Coutinho ressaltou, contudo, que a compra de máquinas e equipamentos continuará com o benefício para não prejudicar os investimentos de empresas e afetar a economia. O objetivo da mudança é tornar a economia menos dependente dos recursos subsidiados, demandando menos aportes do Tesouro no BNDES. Desde 2008, o BNDES recebeu 300,25 bilhões de reais do Tesouro, além dos 20 bilhões que foram anunciados na terça-feira.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia declarado que o banco receberia menos recursos em 2014, de modo a garantir a solidez do sistema financeiro nacional.

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A estratégia, segundo o presidente, já vem sendo trabalhada há algum tempo e a ideia é estimular as captações no mercado de capitais. Uma das ideias estudadas pela instituição é baratear o custo de emissão de debêntures (forma de captação de recursos via emissão de dívida) em operações casadas com a tomada de empréstimo do BNDES. Além disso, também se estuda uma forma de trazer mais segurança a esse mercado, com garantias do próprio banco de fomento.

Crise X – Ao comentar sobre o declínio de empresas do grupo EBX, de Eike Batista, grande tomador de crédito da instituição, Coutinho afirmou que o banco estatal “não perdeu um centavo”. “Os novos investidores capitalização e levarão os projetos adiante, permitindo a migração dos créditos dos empreendimentos”, disse, lembrando que parte da MMX foi comprada pelo fundo Mubadala, a MPX pela alemã E.ON e a LLX pelo fundo americano EIG. Ele garante que não há crédito do banco na OGX, empresa de petróleo e pivô da crise das empresas X. “Todo o nosso crédito foi equacionado”, reafirmou.

Dos 6 bilhões de reais emprestados – a maior parte para a MPX -, apenas 500 milhões ainda precisarão ser pagos pela OSX, estaleiro do grupo, segundo Coutinho. Ainda assim, este montante estaria assegurado por fiança bancária.

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