Blockbuster pede concordata nos Estados Unidos
Com dívida de 1 bilhão de dólares, empresa deverá fechar lojas e expandir vendas online
A empresa tentou reduzir sua dívida de 1 bilhão de dólares para 100 milhões de dólares, mas não conseguiu
A rede de locadoras de vídeo americana Blockbuster pediu concordata nesta quinta-feira, após acumular uma dívida de 1 bilhão de dólares. A empresa tentou chegar a um acordo com a maior parte dos detentores de seus bônus para cortar sua dívida para 100 milhões de dólares ou menos, mas não conseguiu. A empresa, prejudicada pela intensa concorrência de outras locadoras especializadas em serviços online, como Netflix e Redbox, entrou com o pedido no Tribunal de Concordatas de Manhattan. Em 30 de setembro, venceria o prazo de um acordo de clemência fechado anteriormente entre a empresa e os detentores de bônus.
No início da semana, o Wall Street Journal informou que a companhia teria planos de fechar boa parte de suas lojas e se concentrar na distribuição digital. A idéia seria fechar entre 500 e 800 lojas durante a concordata. No Brasil, a Blockbuster foi comprada, em 2007, pelas Lojas Americanas – que extinguiu todas as lojas físicas e a transformou em locadora online, apenas.
A Blockbuster deve 630 milhões de dólares a detentores de bônus seniores de suas dívidas. Após a concordata, eles deverão trocar os títulos da dívida pelas ações da empresa reestruturada. Os acionistas e os detentores de bônus juniores, a quem a companhia deve 300 milhões de dólares, serão eliminados. Os detentores de bônus seniores também concordaram em fornecer à companhia até 125 milhões de dólares em financiamento para custear a reestruturação.
Em 29 de agosto, a Blockbuster tinha 3.306 lojas nos EUA e 2.333 no exterior. A companhia empregava cerca de 25,5 mil pessoas em suas operações domésticas. As operações internacionais da empresa não farão parte da concordata. Proprietários independentes de franquias da Blockbuster nos EUA e no exterior também não estão incluídos no processo.
(com Agência Estado)