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Berlusconi não chega a acordo com a Liga Norte e amplia temor de mercado

Por Por Mathieu Gorse
25 out 2011, 14h03

Faltando poucas horas para uma reunião europeia crucial para os rumos da economia da região, o chefe do governo da Itália, Silvio Berlusconi, ainda não conseguiu convencer seu principal aliado, a Liga Norte, para reformar o sistema de pensões e dar uma resposta convincente à Bruxelas.

A falta de definição italiana tem trazido mais insegurança para os mercados, que temem um contágio da crise grega, dizem especialistas.

Pressionado por França e Alemanha, o governo italiano prometeu a seus sócios europeus ampliar a idade mínima para a aposentadoria para reduzir a dívida colossal do país, que chega a 1,9 trilhão de euros (120% do PIB).

Contudo, seu maior aliado no governo, a Liga Norte, se opõe a qualquer reforma neste sentido.

A reunião extraordinária de segunda-feira com o Conselho de Ministros convocada por Berlusconi acabou sem nenhuma decisão.

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As negociações prosseguiam na terça-feira na residência Berlusconi para definir as reformas que devem ser apresentadas na quarta-feira pela Itália em Bruxelas.

A possibilidade de uma queda do governo não é descartada.

“Creio que esta hipótese existe”, respondeu o ministro de Infraestrutura e Transporte, Altero Matteoli, interrogado sobre a possibilidade de que o governo caia. Para ele, no entanto, “ainda há margem de manobra”.

Apesar da adoção neste verão de medidas de austeridade draconianas para equilibrar o orçamento a partir de 2013, a Itália não consegue tranquilizar os mercados que desconfiam que o governo atinja o objetivo de reduzir o déficit devido às sombrias perspectivas de crescimento.

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Além do sistema de pensões, a Europa exige reformas estruturais do mercado de trabalho, do poder legislativo e das empresas para fomentar o crescimento e evitar que a Itália se converta na próxima vítima da crise da dívida, o que poria em perigo o conjunto da Eurozona.

Como sinal de desconfiança do mercado sobre os rumos da economia italiana, o rendimento que o Estado deve pagar pela emissão da dívida era de 5,954% ao final da manhã, próximo ao nível recorde alcançado em agosto, de 6%.

Paralelamente, a UE cogita, segundo fontes diplomáticas, a opção de sustentar o país comprando, através do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), títulos da dívida italiana no mercado para que o país possa financiar-se através de taxas razoáveis, uma tarefa que até então tem sido realizada pelo BCE.

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