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BC descarta formação de bolha no mercado de imóveis

Por Da Redação
20 set 2011, 21h14

Por Célia Froufe e Fernando Nakagawa

Brasília – O diretor de fiscalização do Banco Central, Anthero de Moraes Meirelles, descartou hoje a existência de formação de uma bolha no mercado imobiliário brasileiro. “Não é um elemento que nos cause preocupação ou que seja um risco para a estabilidade do sistema”, afirmou durante uma entrevista coletiva. “Não existem elementos que sugiram formação de uma bolha”, completou.

Meirelles salientou que o surgimento de uma bolha no setor está fora do foco agora porque, no Brasil, há aumento de renda, maior poder aquisitivo e maior bancarização. “Não temos no Brasil nenhum movimento fora dos padrões e nenhum movimento que indique (uma bolha)”, avaliou. Isso porque, de acordo com ele, as regras de concessão de crédito no País são restritivas. O Brasil adota uma oferta de crédito conservadora, mais voltada para a aquisição da primeira moradia em quase todos os casos. Além disso, segundo o diretor, o financiamento médio é de 65% do valor do imóvel.

Em 2005, conforme dados do Banco Central, o crédito imobiliário representava 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e hoje está em torno de 4%. Atualmente, o crédito imobiliário representa 8% da carteira total de crédito do sistema financeiro brasileiro. “Em relação ao G-20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo), há potencial grande de crescimento”, considerou. Isso porque, segundo o diretor, a classe média começa a ter condições de adquirir sua casa própria. Apesar de a inadimplência estar aumentando, o indicador também não traz temor para o BC, na avaliação de Meirelles. “É um aumento que está se dando, mas devido a um acompanhamento de renda maior, de emprego maior, crescimento econômico e crescimento sustentável.”

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O diretor salientou que, com as medidas macroprudenciais adotadas no final do ano passado, a velocidade de crescimento do crédito geral arrefeceu, ficando em linha com uma trajetória de expansão em ritmo mais moderado e sustentável. Ele salientou que o saldo das operações de crédito ao final de junho era de R$ 1,83 trilhão, o que representa 47% do PIB ao final do semestre.

Segundo o diretor, o crédito para aquisição de veículos foi um dos itens mais afetados com as medidas. “(O crédito) vinha crescendo de maneira acelerada e agora está arrefecido”, disse, acrescentando que comportamento similar foi percebido no caso do crédito consignado e o voltado às pessoas físicas.

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