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Balança tem superávit em julho, mas saldo do ano é negativo em US$ 916 mi

Saldo do mês passado ficou em 1,58 bilhão de dólares, resultado das exportações de US$ 23,03 bilhões e importações de US$ 21,45 bilhões

Por Da Redação
1 ago 2014, 15h59

A balança comercial brasileira (diferença entre exportações e importações) registrou superávit de 1,58 bilhão de dólares em julho, informou nesta sexta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). As exportações somaram 23,03 bilhões de dólares e as importações totalizaram 21,45 bilhões de dólares no período. O resultado ficou acima da mediana das projeções de especialistas, que apontavam superávit de 830 milhões de dólares.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, a balança comercial registrou déficit de 916 milhões de dólares, o que representa melhora ante o déficit de 2,49 bilhões de dólares registrado no ano, até junho. De janeiro a julho do ano passado, o déficit estava em 4,97 bilhões de dólares.

A movimentação de uma plataforma de petróleo foi, novamente, responsável pelo resultado positivo em julho. O expediente é legal e consiste na exportação de plataforma de petróleo sem que ela saia, de fato, do Brasil. No caso da negociação firmada em julho, a plataforma foi comprada de fornecedores brasileiros por suas subsidiárias no exterior. Depois, foi “repatriada” no Brasil, como se estivesse sendo “alugada” pelo fornecedor brasileiro. Desta forma, o fornecedor recolhe menos imposto. Apenas essa operação rendeu 866 milhões de dólares. Ou seja, sem ela, o superávit de julho teria sido de 709 milhões de dólares.

As importações tiveram queda de 5,5% em julho de 2014 ante o mesmo mês do ano passado, segundo a média por dia útil. De acordo com dados divulgados pelo Mdic, a média de importação por dia útil foi de 932,6 milhões de dólares no mês passado, ante 987,2 milhões de dólares em julho de 2013. Na comparação com junho deste ano, quando a média foi de 905,1 milhões de dólares, houve alta de 3%.

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Importações recuaram – A queda nas importações foi generalizada entre os segmentos: de 11,2% para bens de capital, de 9,2% para bens de consumo, de 7,4% para combustíveis e lubrificantes e de 0,5% para matérias-primas e intermediários.

Segundo o governo, a queda no segmento de bens de capital foi influenciada pela baixa nas compras da indústria automotiva. Na categoria de bens de consumo, as principais quedas foram em máquinas e aparelhos de uso doméstico, automóveis de passageiros, motocicletas e outros ciclos, partes e peças para bens de consumo duráveis, móveis e produtos alimentícios.

Na área de combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente devido à diminuição dos preços e das quantidades embarcadas de petróleo, gás natural, naftas e carvão. No segmento de matérias-primas e intermediários, caíram as importações de acessórios de equipamento de transporte, partes e peças de produtos intermediários, produtos alimentícios e produtos agropecuários não alimentícios.

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Contas externas – A balança comercial é uma das principais causas do elevado rombo nas transações correntes do país que, só em junho, foi de 3,345 bilhões de dólares. O comércio exterior brasileiro tem sido afetado pelo elevado déficit na conta petróleo que, entre janeiro e julho, somou 9,937 bilhões de dólares, segundo o ministério.

O número é inferior ao rombo de 15,443 bilhões de dólares visto nos sete primeiros meses de 2013. “Embora haja uma redução substancial, ainda assim o déficit (da conta petróleo) deste ano impacta bastante o saldo comercial do ano”, afirmou o diretor do departamento de Estatística e Apoio à Exportação do ministério, Roberto Dantas, lembrando que o Brasil não é autossuficiente no setor e precisa continuar importando.

Em julho, as importações de combustíveis e lubrificantes somaram 4,575 bilhões de dólares, com alta de quase 20 por cento sobre o resultado de junho.

(Com agência Reuters)

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