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Argentina quer impedir demissão de funcionários da Vale

Mineradora anunciou suspensão do projeto de potássio do Rio Colorado no início desta semana

Por Da Redação
15 mar 2013, 20h24

O governo de Cristina Kirchner não quer que a Vale demita os funcionários do projeto de potássio do Rio Colorado, em Mendoza. O autor do pedido é o ministro do Trabalho da Argentina, Carlos Tomada. Segundo ele, até o dia 11 de abril, a Vale tem de fechar um acordo sobre o futuro dos trabalhadores do projeto. Durante este período, a mineradora e suas empresas contratadas, como Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Techint, além de outras companhias menores, estão proibidas de demitir qualquer empregado.

A Vale informou a suspensão da implementação do projeto Rio Colorado no início desta semana. Na ocasião, a companhia comunicou ao governo argentino que, “no contexto macroeconômico atual, os fundamentos econômicos do projeto não estão alinhados com o compromisso da Vale com a disciplina na alocação de capital e criação de valor”.

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Nesta sexta-feira, a empresa não compareceu à audiência convocada pelo Ministério do Trabalho do país. A reunião havia sido marcada nesta quarta-feira, para as 10 horas desta sexta-feira. Porém, a direção da Vale na Argentina pediu para postergar a audiência para as 15 horas. A companhia havia se comprometido a dar explicações sobre o futuro dos empregados do projeto Rio Colorado. O governo argentino havia pedido o pagamento adiantado de um ano de salário.

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O governador de Mendoza, Francisco Pérez, afirmou que estuda rescisão do contrato de concessão da Vale. Perez disse que se, a companhia quiser vender a concessão, tem de trazer a proposta para a mesa de negociação. “Que traga à mesa”, disse. Tanto ele quanto Tomada e o ministro do Planejamento, Julio De Vido, expressaram que a ausência da Vale na audiência desta sexta-feira foi um desrespeito ao país e aos argentinos. “A audiência estava marcada para as 10 da manhã e, a pedido da Vale, postergamos para as 15 horas, mesmo assim, nenhum representante da companhia apareceu, nem deu nenhuma justificativa”, disse o ministro do Trabalho da Argentina. As autoridades argentinas afirmaram que a Vale descumpre todas as normas trabalhistas de investimentos e ambientais.

De acordo com o jornal Clarín, Pérez afirmou ainda que governo verifica a possibilidade de o projeto continuar com ou sem a Vale. A intenção é evitar uma crise social, o que poderia ocorrer, caso houvesse demissão de mais de 6.000 trabalhadores, como estima o governo.

Pérez acrescentou que, com ou sem a Vale, o governo estuda alternativas para as demissões no curto e médio prazo. Ele havia dito anteriormente, como citou o diário, que o estado quer participar do projeto de mineração por meio da Enarsa, que atua no setor de energia, e da recém-criada Energia de Mendoza.

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(com Reuters)

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