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Apesar de prejuízo, Petrobras pagará R$ 856 milhões de PLR

Acordo coletivo firmado no ano passado prevê que a companhia pague um valor mínimo de participação nos lucros mesmo quando for registrado prejuízo

Por Da Redação
24 abr 2015, 09h23

Apesar do prejuízo de 21,6 bilhões de reais registrado no ano passado, a Petrobras vai pagar 856 milhões de reais aos seus empregados a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O Acordo Coletivo de Trabalho, firmado em setembro do ano passado, prevê que a companhia pague um valor mínimo de participação nos lucros mesmo quando for registrado prejuízo. O argumento é o de que a PLR se aplica sobre as atividades operacionais dos trabalhadores, como o resultado da produção.

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“A empresa pode não ter lucrado, mas os resultados da produção foram muito bons, com o lucro bruto aumentando 15%, e refletem o comprometimento do corpo técnico da Petrobras, que não pode ser confundido com o bando que assaltou a empresa”, disse Silvio Sinedino, representante dos trabalhadores no conselho de administração da estatal.

Sinedino destaca que o prejuízo registrado no balanço é consequência direta da corrupção e da perda de valor dos ativos. “Sem esta medida saneadora, a Petrobras teria apresentado um lucro líquido acima de 20 bilhões de reais. O lucro bruto, por exemplo, teve um aumento de 15% em relação a 2013, passando de 70 bilhões de reais para 80 bilhões de reais.” Apesar de milionária, a PLR deste ano será 58% menor que a paga no ano passado.

Voto contra – O representante dos trabalhadores no conselho rejeitou os dados e a metodologia proposta para as perdas com corrupção no balanço da Petrobras. Para ele, o relatório contém “erros graves” em relação à baixa contábil da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. O primeiro trem da Refinaria não foi incluído entre os ativos afetados por desvios de corrupção no relatório. O documento considera apenas perdas de 9,1 bilhões de reais relativas ao adiamento da segunda etapa (trem) suspensa diante da atual limitação de caixa da empresa.

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“Não baixar agora o que já se tem certeza – o sobrepreço no primeiro trem da Rnest – significa que daqui para a frente a rentabilidade será sempre rebaixada em função desse peso morto que estaremos carregando”, publicou Sinedino em seu site.

Uma das principais obras sob investigação da Operação Lava Jato, a refinaria partiu de um orçamento de 2,3 bilhões de dólares para 18,5 bilhões de dólares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com Estadão Conteúdo)

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