Alimentos não comprometem meta de inflação, diz Mantega
Segundo o ministro, o preço do milho, do feijão e do trigo já está sofrendo queda no atacado que deve ser refletida no varejo
De acordo com o ministro, no geral, a inflação está dentro da meta e o “governo fará o que for necessário para que isso continue”
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, – indicado para continuar no cargo no governo Dilma – foi otimista nesta quinta-feira ao falar do aumento da inflação nos alimentos. Segundo Mantega, o preço do milho, do feijão e do trigo já está sofrendo uma queda no atacado que deve ser refletida no varejo a partir de janeiro de 2011. “Nós podemos ficar tranquilos que haverá uma redução de preço de alimentos no ano que vem”, afirmou. A exceção, segundo ele, é o preço da carne. O ministro admitiu que os valores continuarão elevados devido à escassez do produto no mercado mundial.
Ele explicou que parte da alta dos preços de alimentos se deve ao clima. Mas há ainda a pressão de alta dos preços das commodities – produtos com preço definido no mercado internacional. Isso significa que a expectativa de retomada econômica nos países eleva a demanda para alimentos no mundo todo. Com um provável aumento do consumo, os preços das commodities tendem a subir. No mercado interno, o consumo em alta se mantém e esse é mais um fator para a inflação dos alimentos.
Ainda de acordo com o ministro, no geral, a inflação está dentro da meta e o “governo fará o que for necessário para que isso continue”.
Cadastro Positivo – Mantega comemorou a aprovação do cadastro positivo no Senado, que permite a criação de uma lista dos bons pagadores. O ministro garantiu que os bancos reduzirão os juros ao comprovarem que 95% dos brasileiros não são inadimplentes.
“Quando você não tem informação, você eleva as taxas, você trata todo o mundo igual, como se todos tivessem o potencial de não pagar o débito. As instituições financeiras me garantiram que o cadastro positivo permitiria redução dos juros”, afirmou. Mantega prometeu ainda regulamentar o cadastro em breve.
O ministro falou com a imprensa depois de participar do último Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social deste ano, o chamado “conselhão” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.