Alemanha nega intenção de afrouxar regras para bancos
Os ministros das Finanças da Alemanha e França afirmaram que a intenção dos dois governos é a implementação da Basileia 3
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, negou que o país e a França pretendam pedir um afrouxamento das regras de capital da Basileia 3 (padrão global de regulação bancária) para os bancos, como havia sido anunciado mais cedo pelo jornal britânico Finacial Times. “Não, está errado. O que estamos fazendo é tentando implementar a Basileia 3”, afirmou Schaeuble em uma conversa com jornalistas, juntamente com François Baroin, o seu homólogo francês.
O FT informou mais cedo nesta segunda-feira que as duas principais economias da zona do euro iriam pedir um relaxamento das regras globais sobre o capital bancário para impedir que os empréstimos para a economia real fossem paralisados, com um atraso de três anos para o prazo final para divulgar as taxas médias.
A Autoridade Bancária Europeia recomenda que os bancos impulsionem seus colchões de capital como parte de um plano maior para acabar com a crise da dívida da zona do euro. Os líderes da zona do euro pediram aos bancos baseados em seus países para elevar seu nível de capital Tier 1 para 9% até o fim de junho.
Apoio à Grécia mediante cortes – Os ministros das Finanças dos dois países também reiteraram seu apoio à Grécia, mas acrescentaram que o país altamente endividado deverá cortar rapidamente seu déficit e aprovar reformas estruturais para impulsionar o crescimento econômico.
Imposto sobre transações financeiras – Ambos os ministros trouxeram a discussão o imposto sobre transações financeiras, uma questão que está sendo classificada na Europa como a principal prioridade do presidente da França, Nicolas Sarkozy. Os dois se mostraram favoráveis a uma mudança na decisão sobre a taxa.
Enquanto isso, Schaeuble declarou que gostaria de ter “uma maior clareza política” sobre a questão até o final deste trimestre, Baroin reiterou a determinação da França em avançar com o imposto. “A França será a pioneira a demonstrar a viabilidade técnica de tal imposto”, disse o ministro francês.
Baroin negou no último domingo que o governo francês estava estudando a reintrodução de um imposto sobre o mercado de ações, que existia na França há mais de um século e foi abandonado pela então ministra Christine Lagarde em 2008. Além da negociação de ações, o imposto sobre transações financeiras seria aplicado a novos derivativos e títulos, excluindo bônus soberanos.
(Com Agência Estado)