Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ações da Petrobras sobem 6% na expectativa por reajuste da gasolina

Conselho de Administração da petroleira está reunido desde a manhã desta sexta na capital paulista; entre os temas discutidos está a proposta de reajuste automático do preço da gasolina e do diesel

Por Da Redação
29 nov 2013, 15h22

O reajuste dos preços da gasolina e do diesel ainda não foi anunciado pela Petrobras, mas já impactou o preço de suas ações. O papel preferencial da estatal (PN) – ações sem direito a voto – fechou a sexta-feira com valorização de 2,47%, a 19,12 reais, enquanto as ações ordinárias (ON), que dão ao acionista o poder de voto em assembleias, avançaram 3,33%, a 18,32 reais. Durante o pregão, o papel ON chegou a subir quase 6%. O índice Ibovespa teve alta de 1,23%, a 52.428 pontos.

O aumento dos preços na bomba deve ser anunciado ainda nesta sexta, após a reunião do Conselho de Administração da estatal, em São Paulo. O mercado aguarda uma alta entre 5% e 6% para a gasolina e 10% para o diesel. A expectativa é de que o governo anuncie o reajuste, mas não aprove (ainda) o programa de variação automática do preço da gasolina desenhado pela diretoria da Petrobras e apresentado ao Conselho em meados de outubro.

Conflito – O tema divide a equipe econômica e a direção da estatal. Por isso será arbitrado pela presidente Dilma Rousseff, que dirigia o conselho da companhia no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Até o início da noite de quinta-feira, no entanto, não havia indicação de que Dilma apoiaria o pedido da estatal por um novo mecanismo automático de aumento dos combustíveis.

Vídeo: Por que o preço dos combustíveis terá de subir

Causou irritação no Palácio do Planalto e no Ministério da Fazenda a opção da presidente da Petrobras, Graças Foster, de informar a investidores que a estatal vinha brigando por uma fórmula que assegurasse reajustes periódicos. O mercado vem punindo a empresa pela falta de clareza na política de preços e as ações chegaram a cair mais de 6% esta semana. Quando anunciou que estudava um novo mecanismo, as ações subiram 9,83%.

Ao arbitrar a questão, Dilma terá do outro lado da balança a visão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teme o impacto de reajustes nos índices de inflação. O chefe da equipe econômica aposta no controle estatal de preços como estratégia aliada a aumentos de juros pelo Banco Central. E a inflação promete continuar em patamar elevado no ano que vem, como aposta a ampla maioria do mercado consultado semanalmente pelo BC.

Continua após a publicidade

Leia também:

Declaração de Mantega impulsiona queda de 6% das ações da Petrobras

Petrobras e Mantega ‘batem cabeça’ sobre reajuste de combustível

Reservas de gás em terra vão a leilão nesta quinta-feira

Encontro – Nos últimos dias, o governo evita o tema publicamente. Não quer que divergências internas contaminem o noticiário e o humor dos investidores. Esse cenário, porém, já contamina os mercados financeiros. A pressão do câmbio sobre seu endividamento e importação de combustíveis, a necessidade de manter seu plano de investimentos de 236 bilhões de dólares até 2017 e iniciar a operação do campo de Libra no pré-sal representam fatores de forte pressão no caixa da estatal. Diante da incerteza sobre o reajuste dos combustíveis, investidores preferem vender ações da companhia a aguardar o desfecho da questão.

Continua após a publicidade

Em janeiro, o governo autorizou um aumento de 6,6% no preço da gasolina e em 5,4% no diesel. Em março, o diesel foi elevado em 5%.

Fontes no governo indicam que há chance de um novo aumento na casa de 5% para a gasolina e de 10% para o diesel. Da mesma forma, fontes do Palácio do Planalto indicam que Dilma queria um caminho intermediário entre Mantega e o pleito da Petrobras, porque concorda com a necessidade de dar maior previsibilidade a investidores.

Um mecanismo de reajuste automático, no entanto, é visto como “indexação” pela presidente e está praticamente descartado.

Economistas argumentam que o represamento de preços pode prejudicar a inflação no futuro, porque não haveria espaço financeiro para a Petrobras arcar indefinidamente com gasolina e diesel comprados em dólar e vendidos em reais a preços muito discrepantes.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.