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Abílio defende fusão e governo reitera apoio do BNDES

Segundo empresário, Casino deve analisar a proposta "sem emoção"

Por Da Redação
30 jun 2011, 10h55

O Grupo Pão de Açúcar defendeu na quarta-feira sua proposta de fusão com o francês Carrefour, financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). Em declarações à imprensa, o empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de administração do grupo, assinalou que o grupo francês “Casino deve analisar a proposta que recebeu com atenção, com cuidado e sem emoção. Então vai gostar dela”. Abílio estava em Brasília para partiticipar de uma das reuniões do Comitê de Gestão e Competitividade, criado pela Presidência da República no início de 2011, e que conta com a participação de diversos empresários brasileiros, como Diniz, Jorge Gerdau, entre outros.

Também em Brasília, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, reiterou o intresse do governo em financiar a fusão e culpou os bancos privados pela participação do BNDES na operação com o Carrefour.”Tudo seria resolvido se o setor financeiro privado do Brasil fizesse o papel dele, que é financiar o capital brasileiro”, reclamou. “Como ele não faz isso, o BNDES tem de atuar.”

Durante a reunião na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, Pimentel recebeu bombardeio de críticas da oposição ao governo, devido à participação do banco de desenvolvimento no setor do varejo. Mesmo assim, o ministro defendeu a posição do BNDES. “Se a operação vier a ser realizada, ela tem importância estratégica”, disse. “É a associação de um grande grupo nacional com um ou dois grupos estrangeiros, que abriria uma porta importantíssima para a colocação de produtos brasileiros industrializados no mundo inteiro.” Segundo o ministro, esse seria o “grande interesse” do governo na operação.

Vale ressaltar, no entanto, que a argumentação não condiz com a realidade. Na proposta de fusão, a internacionalização dos produtos brasileiros nem mesmo é mencionada como parte do acordo.

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Pimentel também se mostrou confiante ao afirmar, sem qualquer análise profunda, que a fusão não representa riscos à concorrência. Ele citou dados das empresas pelos quais a concentração de mercado sob o poder da nova empresa é entre 25% e 30%. “É muito pouco, não acho que haja grande risco à concorrência”, disse.

Análise: Novo Pão de Açúcar: um negócio em que o BNDES não deveria estar

Infográfico: Entenda a proposta de fusão entre Carrefour e Pão de Açúcar

(Com agência France-Presse e Agência Estado)

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