Cientistas encontram possível elo entre dinossauros
Espécie descoberta no Novo México, EUA, tinha o tamanho de um cachorro
Cientistas descobriram um fóssil de uma nova espécie de dinossauro que pode ser o elo perdido entre dois grupos dos grandes répteis. A nova espécie, chamada Daemonosaurus chauliodus, foi descoberta na região de Rancho Fantasma, no estado do Novo México, nos Estados Unidos, e o achado foi publicado no periódico britânico Proceedings of the Royal Society B.
Os dinossauros mais antigos conhecidos pelo homem viviam na região que hoje compreende a Argentina e o Brasil há 230 milhões de anos. Andavam apoiados nas patas de trás e são as primeiras espécies predadoras da subordem Terópoda, como os herrerassauros. Os terópodes viveram até 65 milhões de anos atrás. Um dos mais famosos é o temível Tiranossauro Rex, considerado o mais violento predador.
Contudo, os cientistas ainda não haviam encontrado uma ligação entre as primeiras espécies dessa subordem, como o herrerassauro, e as que se formaram 30 milhões de anos mais tarde, no início do período jurássico, há 200 milhões de anos. A descoberta da equipe de cientistas do Instituto Smithsonian (EUA) ajuda a desvendar esse mistério.
Os cientistas não sabem precisar o tamanho exato do Daemonosaurus chauliodus, que viveu há cerca de 205 milhões de anos, porque apenas fósseis do crânio e pescoço foram encontrados. Eles estimam, contudo, que o animal era do tamanho de um cachorro grande. O crânio é estreito e relativamente profundo, medindo 14 centímetros da ponta do focinho até a parte de trás da cabeça. Na mandíbula superior estão dentes grandes e protuberantes, característica que ajudou os cientistas a nomear a espécie.
O nome da espécie vem grego antigo: “daemon” significa espírito maligno (por ter sido encontrado numa região chamada Rancho Fantasma), “sauros” significa lagarto ou réptil, e chauliodus quer dizer “dentuço”, em referência aos dentes protuberantes do fóssil.
O animal, uma espécie primitiva de terópode, viveu no fim do Período Triássico, há 205 milhões de anos, logo antes do início do Período Jurássico. A descoberta acabou com a crença de que os dinossauros primitivos haviam desaparecido milhões de anos antes. O crânio e as vértebras do pescoço do Daemonosaurus também revelaram várias características similares aos terópodes que viveram no Período Jurássico – o grupo sucessor dos dinossauros na linha de tempo evolutiva. Uma das características é a presença de cavidades em algumas das vértebras relacionadas ao sistema respiratório.