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Sem honrar compromisso antigo, Dilma faz nova promessa: contratar a construção de 2 milhões de casas populares

Quando era ministra, ela prometeu 1 milhão de unidades. Entregou só 200.000

Por Luciana Marques
16 jun 2011, 13h32

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira em Brasília a segunda fase do programa Minha Casa Minha Vida, com a promessa de construir 2 milhões de casas populares até 2014. O lançamento acontece, no entanto, sem que o governo federal tenha concluído a primeira etapa do projeto e cumprido a meta de entregar 1 milhão de unidades até o fim do mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. A responsável pela primeira fase do Minha Casa Minha Vida era justamente Dilma, então ministra da Casa Civil de Lula. Do 1 milhão prometido, ela entregou apenas 200.000 unidades. As outras 800.000 casas tiveram a construção contratada pela Caixa Econômica Federal, mas não ficaram prontas nem foram entregues à população. O governo Lula contabilizou essas casas virtuais como casas reais e deu a meta como cumprida. Dilma acreditou na maquiagem dos dados: “Conseguimos atingir a meta de contratar 1 milhão de casas. Se conseguimos fazer 1 milhão, conseguiremos fazer 2 milhões”, disse nesta quinta ao lançar a segunda fase do Minha Casa Minha Vida. “Se, em um ano tudo estiver encaminhado, faremos mais 600.000 casas”, arriscou a presidente. Orçamento – Na nova promessa do governo federal, 60% dos 2 milhões de habitações serão destinadas a famílias com renda de até 1.600 reais por mês nas áreas urbanas e até 15.000 reais anuais na área rural. Serão construídas 1,2 milhão de moradias para esse público. O orçamento do Minha Casa Minha Vida 2 é de 125,7 bilhões de reais. Deste total, 74,6 bilhões de reais serão subsidiados e 53,1 bilhões, financiados. O orçamento inicial do programa anterior, criado em 2009, era de 34 bilhões de reais. O aumento dos gastos deve-se a mudanças nas regras do projeto. “No Brasil era crime dar subsídios. Nós achamos que subsídios não criam bolhas, não criam ilusões e fazem mexer a roda social do país, assegurando que as pessoas possam subir na vida”, disse Dilma. “Ter casa própria é fundamental para a mobilidade social.” A construção de cada unidade habitacional custará 55.188 reais – na primeira fase do programa o custo por casa era de 42.000 reais. O tamanho das unidades foi ampliado de 35 metros quadrados para 39 metros quadrados. Haverá piso de cerâmica em todos os cômodos, azulejos nas paredes da cozinha e do banheiro e portas e janelas maiores. As casas terão ainda aquecimento solar. Público – O Minha Casa Minha Vida atenderá brasileiros de três faixas de renda familiar mensal: a faxa 1, com rendimentos de até 1.600 reais; a faixa 2, de até 3.100 reais; e a faixa 3, de até 5.000 reais. Com a ampliação do teto, aumenta o número de beneficiários do programa. O Banco do Brasil, que já financiava moradias na primeira etapa do programa, promete ampliar sua atuação.

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