PSOL retira requerimento de convocação de Palocci
Solicitação da senadora Marinor Brito (PSOL-PA) saiu de pauta a pedido da autora. PSDB, DEM e PPS apresentam novos requerimentos
O PSOL decidiu retirar de pauta o requerimento que pedia a convocação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, para prestar esclarecimentos à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle do Senado. Palocci está na berlinda por causa do crescimento suspeito de seu patrimônio nos últimos anos.
O recuo ocorreu quando a votação estava prestes a ter início, depois que os líderes partidários se pronunciaram. Com a manobra, o PSOL e os demais partidos da oposição evitam uma derrota certa e mantêm o fôlego para apresentar o requerimento em outras comissões da casa.
A mudança de posição do partido criou uma situação inusitada: para evitar a retirada do requerimento e permitir que o pedido fosse derrotado pela maioria governista já nesta terça-feira, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou que iria assinar a solicitação e pedir que ela permanecesse em pauta.
Mas o presidente da comissão, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), rejeitou o pedido.
Antes da retirada do requerimento, a base governista exerceu mais uma vez uma blindagem sobre Palocci. O líder do PT, Humberto Costa, defendeu o ministro: “Por que nós não podemos esperar pelas respostas dele e só aí, se elas não forem capazes de promover o convencimento do Congresso, pensar em outras possibilidades?”.
Ao fim da sessão, Marinor Brito argumentou: “O julgamento fica por conta de cada um”.
Novos pedidos – Em reunião nesta terça-feira, líderes de PSDB, DEM, PPS e PSOL decidiram apresentar mais um pedido de investigação contra Palocci à Procuradoria Geral da República. A solicitação se baseia no fato de que Palocci destinou 225 mil reais em emendas parlamentares a uma entidade presidida pela sua cunhada.
Os partidos de oposição também devem apresentar pedidos de convocação do ministro em mais quatro comissões da Câmara dos Deputados. Além disso, as legendas iniciaram nesta terça a coleta de assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigue o ministro, que deixou a Fazenda em 2006 por conta de seu envolvimento na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.