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PSDB transfere prévias em SP para 25 de março

Decisão sobre adiamento da consulta partidária foi aprovado em votação apertada. Mais cedo, tucanos aceitaram participação de José Serra na disputa

Por Carolina Freitas
28 fev 2012, 22h49

A executiva municipal do PSDB aprovou na noite desta terça-feira o adiamento das prévias do partido para eleições municipais paulistanas para 25 de março. O placar foi apertado e a votação, tensa. Houve bate-boca entre integrantes durante e depois da decisão. Dez membros votaram pela transferência da consulta aos partidários, que estava prevista para este domingo. Oito foram contra.

Mais cedo, a cúpula do PSDB aprovou por unanimidade a entrada do ex-governador José Serra. A decisão foi tomada no mesmo dia em que Serra formalizou seu desejo de participar do processo de escolha. O prazo formal original para se inscrever nas prévias terminou dia 14 de fevereiro. E a data limite para realização da votação, fixado pela executiva estadual, é 30 de março.

O encontro durou três horas e foi marcado pela confusão. Teve dedo em riste e gritos. “Não foi possível construir um consenso. Eu tentei como presidente construir, conversando com os dois candidatos que ficaram, com os que saíram e com Serra”, disse o presidente municipal do PSDB, Júlio Semeghini. “Depois de tanta reunião, o adiamento ainda teve que ir a voto.”

Semeghini atribuiu o acirramento dos ânimos à preferencia de alguns integrantes da executiva por certos pré-candidatos. “Infelizmente algumas pessoas decidiram não pelo que foi melhor até esse momento, mas pensando no seu candidato”, disse. O dirigente afirmou que a extensão do prazo é importante para que os filiados que votarão nas prévias sejam informados com clareza sobre as mudanças nos nomes dos pré-candidatos. Nos próximos dias, a direção da legenda pretende agendar debates entre Serra, Ricardo Trípoli e José Aníbal.

Enquanto Semeghini concedia entrevista, o vice-presidente do PSDB-SP, João Câmara, gritava que o resultado da reunião era uma “palhaçada”. Aos gritos, Câmara interrompeu Semeghini, dizendo que a culpa da desunião era de Serra. O presidente negou e disse que toda decisão da executiva envolvia debate e discussão. “Vamos respeitar a decisão da maioria”, encerrou Semeghini.

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Trípoli, que também integra a executiva, saiu desapontado da sala. “Perdemos”, disse. Depois que Semeghini deixou o prédio, o vice João Câmara seguiu bradando contra Serra e discutiu com o vereador Gilson Barreto, que tentava amenizar a situação. “Se Serra quisesse, ele tinha tempo hábil para ter se inscrito nas prévias. Às vésperas do pleito ele põe o nome dele e impõe como condição adiar para o dia 25. Para ele ter mais tempo para quê? “, disse Câmara. “Ele tem é medo das massas. Serra veio para rachar o partido!”

O grupo de Câmara defendeu na reunião que, se era necessário adiar a votação, que fosse para o dia 11. A proposta, no entanto, foi derrotada por dez votos a oito. Júlio Semeghini colocou na mesa então a ideia de adiar as prévias para o dia 25, que acabou vitoriosa.

Pouco antes do fim da reunião, houve discussão entre o vereador Floriano Pesaro e um enviado de Andrea Matarazzo – o secretário da Cultura retirou o nome da disputa em favor de Serra e é aliado de primeira hora do ex-governador. Pesaro foi para uma sala ao lado do recinto onde acontecia a reunião e discutiu com o dedo em riste com o auxiliar de Matarazzo. Foi necessário que um terceiro integrante do diretório apartasse a briga, puxando Pesaro pelo braço. Para tentar abafar o barulho, um funcionário do PSDB aumentou o volume da televisão que fica na antessala do diretório, onde a imprensa aguardava o desfecho da reunião.

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