Prédio em construção desaba em Belém, e mata moradora de casa vizinha
Defesa Civil do Pará informa que há pelo menos sete operários sob os escombros
Mais de cem homens do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil, Exército, Força Nacional de Segurança e voluntários da Cruz Vermelha trabalham na região onde desabou um prédio em Belém, na tarde de sábado. O corpo de uma mulher de 67 anos, identificada como Maria Raimunda Ribeiro Fonseca, foi encontrado neste domingo. A vítima morava em uma casa vizinha que foi soterrada. A estimativa é de que ainda existam sete pessoas sob os escombros.
O edifício que desabou tinha 30 andares e estava em fase de acabamento. O Corpo de Bombeiros pediu às famílias cujas residências ficam próximas ao local que deixem suas casas temporariamente. É uma medida de prevenção, uma vez que a estrutura dos prédios vizinhos pode ter sido abalada. O edifício Blumenau, próximo do que desabou, foi vistoriado na manhã deste domingo por homens da Defesa Civil. O laudo ainda não foi divulgado.
Através de nota, a empresa dona do prédio, Real Class SPE, lamentou o ocorrido e prometeu que dará assistência às pessoas atingidas pelo desmoronamento. Ainda na nota, a empresa frisou que já construiu 11 empreendimentos em Belém, onde trabalha há 27 anos.
Crea- O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) do Pará, José Viana, lembra que a obra do prédio está regular. “No que diz respeito ao controle do conselho, a construção está com todos os registros regulares.” Mas moradores do bairro dizem ter encaminhado ao Ministério Público do Pará denúncias sobre problemas envolvendo a segurança da obra.
Em entrevista na tarde deste domingo, na TV RBA, Vianna disse que o desabamento “é um fato que surpreende a todos”. E declarou que o episódio pode ter sido motivado por questões geológicas. Ele também ressaltou que a responsabilidade pelo edifício é do engenheiro da obra e não do Crea. “O Crea não fiscaliza as obras”, argumentou.
Ainda segundo Vianna, a perícia deve analisar as imagens de celular que mostram o momento do desabamento. Nesta segunda-feira, o conselho vai convocar os engenheiros responsáveis pela obra para prestar esclarecimentos sobre o acidente.