O estudante de Medicina Alex Sandro da Cunha e a pediatra Sarita Fernandes irão a júri popular por determinação da Justiça do Rio de Janeiro, segundo decisão expedida ontem. Eles são acusados de envolvimento na morte de Joanna Marins, de 5 anos. O estudante, que se passava por médico e tinha sido contratado irregularmente por Sarita no Hospital Rio Mar, atendeu e liberou a criança desacordada. Joanna morreria 26 dias depois, em 13 de agosto do ano passado. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), ela teve meningite viral após ficar um mês em coma.
Alex Sandro, acusado de exercício ilegal da medicina, aguarda julgamento preso. Sarita, que responde por homicídio, estelionato e fraude de documentos, chegou a ser presa, mas responde em liberdade. No caso, ainda é apurada a responsabilidade do pai, André Marins, e da madrasta de Joanna, Vanessa Maia. Eles são acusados por tortura seguida de morte.
Caso
De acordo com o Ministério Público (MP), Joanna foi vítima de maus-tratos praticados pelo pai, o técnico judiciário André Rodrigues Marins. De acordo com a denúncia do MP, na primeira quinzena de julho de 2010, Joanna foi mantida dentro da casa dos acusados com as mãos e pés amarrados e deixada no chão por horas e dias suja de fezes e urina. O que, segundo a denúncia, teria deixado lesões físicas e psíquicas na menina. Para o MP, isso teria colaborado para a baixa de imunidade e de seu sistema imunológico. Levada ao Hospital Rio Mar, nos dias 16 e 17 de julho, a criança recebeu alta duas vezes, após ser atendida por Sarita e Souza.
O relatório final de conclusão do inquérito indiciava André Marins por tortura, mas o MP ampliou a denúncia.
(Por Agência Estado)
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