Orçamento não trará reajuste pleiteado por Judiciário
Relator Gim Argello prevê correção abaixo da exigida pelos servidores - que queriam 56% de aumento
Os servidores do Judiciário, que pedem 56% de aumento nos salários, não devem ter o pleito atendido pelo governo. O relator do Orçamento 2011, senador Gim Argello (PTB-DF), afirmou nesta terça-feira que, na melhor das hipóteses, haverá uma pequena correção nos rendimentos para equiparar o salário inicial ao de outras categorias.
O Orçamento de 2011 tem 1,9 bilhão reservado para o reajuste. Para conceder o que pedem os 100 mil servidores da Justiça, o governo teria que gastar aproximadamente 6,5 bilhões. “Eu queria escalonar o aumento. Quem inicia no serviço público no Judiário ganha um pouco menos do que quem inicia no Legislativo e no Executivo”, explica Argello.
Por causa da reivindicação, os servidores do Judiciário chegaram a cruzar os braços no primeiro semestre do ano.
Relatório – Também nesta terça-feira, Gim reuniu-se com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. E ouviu pedidos de que as contas públicas não fiquem comprometidas em 2011.
O relatório parcial do Orçamento deve ser apresentado à Comissão Mista de Orçamento no Congresso até terça-feira. Antes disso, Gim, Bernardo e o ministro da Previdência, Carlos Gabbas, devem discutir com as centrais sindicais o valor do salário mínimo.
O texto do relator propõe um reajuste do benefício para 540 reais em 2011. O Ministério do Planejamento concorda. Já as centrais sindicais pedem um mínimo de 580 reais.