Policiais se recusam a fazer cerco a professores e são presos no PR

Confronto entre policiais e manifestantes deixou cerca de 200 pessoas feridas na tarde desta quarta-feira

Por Da Redação
29 abr 2015, 20h56

**1/10** Professores e manifestantes entram em confronto com policiais militares na região do Centro Cívico, em Curitiba (PR), nesta quarta-feira (29), contra o projeto de lei Paraná Previdência que será votado hoje na Assembleia Legislativa *(Giuliano Gomes/Folhapress)*

**2/10** Policiais e manifestantes entram em confronto durante protesto de professores e servidores públicos em greve no Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em Curitiba (PR), nesta quarta-feira (29). A manifestação é contra a votação de um projeto que promove mudanças no Regime Próprio da Previdência Social dos servidores estaduais *(Joka Madruga/Futura Press/Folhapress)*

**8/10** Professores e manifestantes entram em confronto com policiais militares na região do Centro Cívico, em Curitiba *(Giuliano Gomes/Folhapress)*

**10/10** Manifestantes ocupam a Praça Nossa Senhora de Salete na região do Centro Cívico, em Curitiba (PR), nesta quarta-feira (29), contra o projeto de lei Paraná Previdência que será votado hoje na Assembleia Legislativa *(Giuliano Gomes/Folhapress)*

A Polícia Militar de Curitiba informou que dezessete policiais foram presos nesta quarta-feira por se recusarem a participar do cerco aos professores que estavam nas proximidades da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para acompanhar a votação do projeto que autoriza o governo estadual a mexer no fundo de previdência dos servidores do Estado. A Alep alegava ter recebido uma liminar da Justiça que garantia o veto a entrada de pessoas para acompanhar a votação.

Na tarde desta quarta-feira, um novo confronto entre a Polícia Militar e professores deixou cerca de 200 pessoas (a maioria professores) feridas, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Algumas delas estão em estado grave.

A Tropa de Choque fazia um cerco ao prédio Alep, quando o conflito começou e os manifestantes foram agredidos. Um dos líderes sindicais ligado aos professores disse que o projeto seria votado, independentemente dos protestos contrários e, então, a PM teria avançado em direção aos manifestantes. Tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram lançados. Lideranças que estavam sobre um caminhão, no Centro Cívico, passaram a pedir ambulâncias para cuidar das pessoas feridas.

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Um professor identificado como Davi disse que levou três tiros de bala de borracha e outras pessoas, segundo ele, chegaram a levar até seis de tiros. Os feridos foram levados para o subsolo do prédio da Prefeitura de Curitiba, que foi transformado em uma espécie de “ambulatório”.

Entre os feridos estão também o cinegrafista Rafael Passos da CATVE, que foi atingido por uma bala de borracha, e um cinegrafista da Band, atacado por cachorros dos policiais. O comando da polícia informou que 20 soldados se feriram e dez pessoas foram detidas, sendo sete líderes sindicais ligados aos professores.

(Com Estadão Conteúdo)