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Mercadante diz que ‘não haverá’ base para impeachment

Ministro nega caixa dois em campanha ao governo paulista e afirma que vai pedir acesso aos depoimentos do delator para se defender

Por Gabriel Castro, de Brasília
27 jun 2015, 15h41

O ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, afirmou neste sábado que todas as doações da empreiteira UTC para sua campanha ao governo de São Paulo, em 2010, foram legais. O petista negou as afirmações do empreiteiro Ricardo Pessoa, reveladas por VEJA, de que a sua campanha foi abastecida com dinheiro sujo – inclusive via caixa dois. Ele também disse que não há “nem haverá” base para um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Como mostrou VEJA, Pessoa admitiu que o dinheiro do petrolão foi a origem de 500 000 reais doados à campanha de Mercadante: metade registrados legalmente, metade por caixa dois.

O petista admite ter se encontrado com o empreiteiro e reconhece ter recebido 250 000 reais da UTC e outros 250 000 da Constran, que faz parte do conglomerado de Ricardo Pessoa. Mas negou que o valor tenha sido repassado por caixa dois: “As duas contribuições foram legais, estão oficializadas e portanto essa suspeição não procede. E eu tenho certeza que eu vou demonstrar isso ao Ministério Público e à Justiça, e esse dano será reparado”, afirmou, em entrevista coletiva. O ministro disse que o episódio vem sendo usado para fazer “luta política” e afirmou que vai pedir acesso aos depoimentos do delator para poder se defender na Justiça.

Mercadante disse que não há justificativa para um pedido de impeachment de Dilma Rousseff, apesar de Pessoa ter confessado que abasteceu o caixa de campanha da petista em 2014 somente depois de o tesoureiro Edinho Silva citar a Petrobras para pressioná-lo.”Não há base jurídica e nem haverá. Nesse episódio, mais uma vez, será demonstrada a mais abosluta legalidade, lisura, transparência e correção na coordenação financeira da campanha presidencial”. Depois da reportagem de VEJA sobre delação de Pessoa, a tese do impeachment ganhou força na oposição.

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Mercadante ainda defendeu o governo e disse que, em sua delação premiada, Ricardo Pessoa não afirmou que os 7,5 milhões pagos à campanha de Dilma Rousseff em 2014 tiveram origem no petrolão. “Não há nenhuma afirmação do senhor Ricardo Pessoa de que nós tivemos recursos ilegais na campaha da presidenta”, disse.

O ministro da Casa Civil reconheceu que as acusações de Ricardo Pessoa forçaram sua permanência na capital federal. Mercadante deveria ter embarcado com Dilma para os Estados Unidos, mas ficou de fora da viagem. “Eu queria estar aqui. Eu quero explicar todas as vezes que for necessário”, disse ele.

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