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Médico do caso Adrielly pagava para não dar plantões

Adão Crespo repassava o valor do plantão para outro neurocirurgião trabalhar em seu lugar, mas assinava o ponto como se tivesse comparecido

Por Da Redação
17 jan 2013, 20h15

Em depoimento nesta quinta-feira à Polícia Civil do Rio, o neurocirurgião Carlos Augusto Borges confirmou que fazia plantões no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na zona norte do Rio de Janeiro, no lugar do também neurocirurgião Adão Crespo Gonçalves. Como a troca era informal, o próprio Adão assinava, depois, o livro de ponto, como se houvesse trabalhado, mas repassava ao colega o valor ganho. Carlos Augusto se aposentou em setembro e, desde então, deixou de substituir o colega. Outro neurocirurgião, Fernando Andrade, também contou à polícia que chegou a substituir Adão durante os plantões.

Na noite de 24 de dezembro, Adão faltou ao plantão e o hospital ficou sem neurocirurgião. À 0h15, a menina Adrielly Vieira, de 10 anos, foi baleada na cabeça e levada ao Salgado Filho, mas, devido à falta de médico, teve de esperar oito horas para ser atendida. Ela morreu em 4 de janeiro.

Crespo vai ser indiciado por estelionato, falsidade ideológica e omissão de socorro. A Polícia Civil investiga por que as faltas do médico não foram comunicadas ao RH do hospital. Em depoimento à polícia, Crespo disse que faltava aos plantões há mais de um mês por discordar das condições de trabalho no hospital. Ele ainda afirmou que sua decisão havia sido comunicada ao chefe do setor, José Renato Paixão, que, por sua vez, declarou que a responsabilidade pela demora no tendimento da criança é exclusivamente do neurocirurgião, que assumiu os riscos ao descumprir a escala determinada.

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(Com Estadão Conteúdo)

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