Família do atropelador presta depoimento à PM
Rafael, Roberto e Guilherme Bussamra se dizem vítimas de extorsão por dois policiais
Rafael Bussamra, motorista do Siena que atropelou o músico Rafael Mascarenhas, presta esclarecimentos na manhã desta sexta-feira à corregedoria da Polícia Militar. Segundo o relações públicas da PM, tenente-coronel Henrique Lima Castro, o pai do atropelador, Roberto Bussamra, e seu irmão Guilherme também devem ser ouvidos. Os depoimentos fazem parte do inquérito da PM sobre a denúncia de extorsão feita pela família Bussamra contra o sargento Marcelo Leal e o cabo Marcelo Bigon. Os dois teriam cobrado dez mil reais para liberar o carro, na madrugada do acidente que matou o filho da atriz Cissa Guimarães. Eles estão sendo ouvidos no escritório do advogado Spencer Levy.
A delegada titular da 15ª DP, Bárbara Lomba, também deverá voltar a ouvir Rafael e sua família na semana que vem. O objetivo é esclarecer contradições entre os testemunhos anteriores e confrontar com novas informações, apuradas ao longo desta semana. Além da família Bussamra, a delegada pretende convidar pessoas que ainda não foram ouvidas a prestar esclarecimentos. Ela voltou a dizer que os acusados podem ser indiciados por corrupção ativa. Até o momento, ninguém foi indiciado sequer pelo atropelamento, porque as investigações não foram concluídas.
Bárbara Lomba aguarda para hoje à tarde os laudos da perícia do carro de Rafael Bussamra e da reconstituição da cena do atropelamento. E lembra que ainda estão em análise outras provas materiais, como as gravações de câmeras de monitoramento da CET-Rio e de segurança do prédio da Rede Globo, na Rua Von Martius (onde Bussamra teria encontrado os policiais após o atropelamento).
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