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Dilma promete criar sistema de prevenção a desastres em quatro anos

Segundo Ministério de Ciência e Tecnologia, cinco milhões de pessoas vivem em áreas de risco no país

Por Luciana Marques
17 jan 2011, 14h29

Grupo interministerial reúne integrantes das pastas da Integração, Defesa, Ciência e Tecnologia, Justiça, Casa Civil e Saúde

A presidente Dilma Rousseff reuniu nesta segunda-feira seis ministérios a fim de criar um grupo coordenado para reestruturação da Defesa Civil. O objetivo é estabelecer estratégias para evitar novas catástrofes como a que ocorreu na região serrana do Rio de Janeiro.

O Ministério da Ciência e Tecnologia será responsável pela criação do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta para Desastres Naturais. Segundo o ministro da pasta, Aloízio Mercadante, o governo fará um levantamento das áreas de risco e montará uma rede coordenada para prevenção de novos desastres.

“Estamos assistindo a uma acentuação dos efeitos climáticos. 58% dos desastres naturais no Brasil são inundações e 11% são deslizamentos. Portanto, o peso dos desastres naturais decorrentes de fortes chuvas está se acentuando”, afirmou. Ainda de acordo com o ministro, cinco milhões de pessoas vivem em áreas de risco no país.

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O governo promete implantar novos radares meteorológicos e integrar os equipamentos em um único sistema. Os satélites fazem previsões de chuvas com três dias de antecedência e o radar informa sobre os fenômenos que efetivamente estão ocorrendo. Para captar o volume da chuva, também serão implantados 700 pluviômetros. Haverá uma sede central e cinco regionais para coordenação do sistema.

Além da rede de equipamentos, o governo pretende criar ainda mecanismos de mobilização da população em áreas de risco, para que as pessoas sejam removidas de suas casas e levadas a abrigos ou acampamentos provisórios antes das chuvas. “É preciso informar os procedimentos que a população tem que tomar em caso de risco e criar um sistema de alarme. Esperamos que esse sistema seja implantado no prazo de quatro anos. Mas esperamos respostas para o próximo verão, pelo menos nas áreas mais críticas”, afirmou Mercadante.

Segundo o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, novas políticas de habitação também deverão ser implantadas, mas ainda não há prazos para desenvolvimento dos projetos. “É evidente que nós temos que mudar nossa postura, isso passa por políticas públicas nos municípios, estados e também na esfera federal. Mas ainda é muito cedo para indicar que mudanças seriam essas, capazes de evitar ocupação desordenada em áreas de risco”, declarou.

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que também participou da reunião com Dilma, disse que sua pasta passará a ser responsável pelo comando das ações de resgate. “O Ministério da Defesa tem capacidade de oferecer pronta resposta, p que significa três tipos de ações: controle, logística e mobilidade”, afirmou.

A pedido da presidente Dilma, os ministros da Integração, Fernando Bezerra; da Defesa, Nelson Jobim; e da Justiça, José Eduardo Cardozo, deverão retornar ao Rio de Janeiro nesta terça-feira para realizar uma vistoria nas cidades atingidas pelas enchentes.

Os ministérios da Casa Civil e da Saúde também integrarão o grupo interministerial para reetruturação da Defesa Civil.

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