Campanha de Serra chama ideia de Haddad de ‘mensaleira’
Tucano fazia referência à proposta do petista de criar um cartão que, com tarifa fixa, dá direito a viagens ilimitadas nos ônibus da capital durante um mês
O julgamento do mensalão entrou nesta sexta-feira na campanha para a prefeitura de São Paulo. No horário eleitoral gratuito no rádio, veiculado entre 7h e 7h30, o programa do candidato do PSDB José Serra chamou de “bilhete mensaleiro” a proposta do candidato petista Fernando Haddad, de criar um bilhete único mensal para os paulistanos que usam transporte público. Além disso, a propaganda tucana enfatizou o fato de a proposta não incluir a integração com trem e metrô, geridos pelo governo do estado, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin. A proposta de Haddad é criar um bilhete em que, pagando uma tarifa fixa, o usuário possa usar a condução quantas vezes quiser durante um mês.
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udo sobre o julgamento do mensalão
“Tem de ficar esperto, esse cara é o mesmo que criou a taxa do lixo”, afirmou o narrador do programa de Serra, sem citar o nome de Haddad, em referência ao imposto criado pela prefeita petista Marta Suplicy (2001-2004) – gestão da qual Haddad participou. A cobrança foi extinto na administração Serra (2005-2006).
A campanha do petista Fernando Haddad manteve o formato jornalístico, batizado pela campanha de “Rádio 13”, em referência ao número do partido. Nela, o ex-presidente Lula tomou a dianteira e dois narradores ficaram em segundo plano. Lula enumerou realizações de Haddad no Ministério da Educação e pediu para o candidato explicar o funcionamento do bilhete único mensal. Haddad afirmou que pretende “sentar com o governador” e discutir a integração do bilhete com trem e metrô. O programa destacou o nome de Marta Suplicy, tentando vincular Haddad à ex-prefeita, que ainda não se engajou na campanha do correligionário.
Gabriel Chalita, do PMDB, citou novamente a boa interlocução tanto com o governador Geraldo Alckmin, de quem foi secretário, quanto com a presidente Dilma Rousseff. “Sou do partido que dá sustentação a Dilma”, afirmou. Celso Russomanno (PRB) voltou a agradecer ao “carinho” dos eleitores. Seu programa apoiou-se em um narrador que comentou o jingle da campanha, dizendo que Russomanno é “gente como a gente”, e teve uma breve participação do candidato.
Soninha Francine (PPS) contou a história de Tânia, uma moradora de São Paulo que sofre com os problemas da cidade. O candidato Paulinho da Força, do PDT, mencionou suas propostas de eleição direta para os subprefeitos e de levar dois milhões de empregos para a periferia com incentivo fiscal. Carlos Giannazi, do PSOL, tratou de educação.
(Com Agência Estado)