Estupradores de estudante indiana tentaram atropelar vítima
Seis homens foram detidos e cinco serão julgados por assassinato na quinta
Os agressores da jovem indiana que morreu após um estupro coletivo em um ônibus em Nova Délhi tentaram atropelar a vítima depois de atacá-la, informou nesta quarta-feira a imprensa do país. Segundo os jornais da Índia, a jovem também mordeu três dos seis agressores para tentar escapar das agressões.
“A mulher e seu namorado tiveram as roupas retiradas e foram jogados do ônibus”, afirma o jornal The Indian Express. “O namorado a retirou quando viu que o ônibus dava marcha a ré para atropelá-la”, completa o jornal.
O namorado da estudante, agredido com uma barra de ferro e jogado do ônibus depois que a jovem foi estuprada várias vezes, conseguiu afastar a vítima do veículo antes que ela fosse atropelada, revela um relatório de 1.000 páginas da polícia que será apresentado à justiça.
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As marcas das mordidas, o sangue, o esperma, os fios de cabelo e o depoimento do namorado devem ser usados como provas contra os acusados, segundo a imprensa e fontes policiais. Seis homens foram detidos. Cinco deles devem ser julgados na quinta-feira por assassinato e estupro em um tribunal criado especialmente para o caso.
Julgamento – O sexto acusado, que teria 17 anos, deveria ser julgado por um tribunal de menores, mas está sendo submetido a exames para a comprovação da idade. Eles podem ser condenados à pena de morte. Segundo o Times of India, uma das acusações da polícia será tentativa de destruição das provas pelo motorista do ônibus, que participou do estupro da estudante de Medicina. Ele tentou lavar o veículo e queimou as roupas arrancadas da vítima.
A brutalidade do ataque provocou revolta na Índia e muitas manifestações contra a violência cometida com total impunidade contra as mulheres no país. A indignação popular levou os governos estaduais de Punjab e Haryana, além do exército indiano, a cancelarem todas celebrações oficiais de ano novo.
Identidade – Também nesta quarta-feira, o ministro de educação da Índia pediu que as autoridades policiais revelem a identidade da vítima para a criação de uma lei com o nome dela. Shashi Tharoor disse que, a menos que os pais da jovem de 23 anos sejam contra, ela deve ser “honrada”.
(Com agência France-Presse)