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‘Scott Pilgrim Contra o Mundo’, o filme, é para quem conhece ‘Scott Pilgrim’, quadrinhos

Recheada de referências a bandas, filmes, séries e jogos, produção de Edgar Wright é cultuada por seus fãs, mas estreou mal nos Estados Unidos

Por Ulisses Mattos
5 out 2010, 13h45

Alguns apontaram que platéias de mais de 30 anos não se interessaram pelas aventuras de moleques de 20 anos falando de games e indie rock. Outros disseram que os adolescentes também não ligaram para as referências a jogos clássicos como Atari e até séries como Seinfeld

A melhor definição para leigos sobre o que é Scott Pilgrim Contra o Mundo vem de seu diretor, Edgar Wright. O cineasta inglês, diretor do divertido filme de zumbis Todo Mundo Quase Morto, disse que o longa foi feito como um musical, mas em vez de os personagens interromperem a realidade para cantarem, eles entram em uma luta no estilo dos videogames. Os leigos, no caso, são aqueles que não conhecem a série de histórias em quadrinhos no qual a produção foi baseada: Scott Pilgrim, de Bryan Lee O’Malley, publicada entre 2004 e 2010, que utiliza elementos de games e mangás, e repleta de referências à cultura pop.

Assim como a fonte, o filme é encharcado de referências a bandas, filmes, séries de TV e jogos eletrônicos. Não foram apenas esses ingredientes que conquistaram os fãs, mas também seu visual e ritmo, com cortes velozes, inserção de elementos gráficos típicos de quadrinhos e muitos truques de edição e montagem, que surgem incessantemente na tela. E muito humor, com piadas rápidas e espertas. Isso tudo embala a história do anti-herói Scott Pilgrim, um rapaz de 22 anos que toca baixo em uma banda de garagem e se apaixona por uma moça estilosa de cabelos pintados, Ramona Flowers.

https://youtube.com/watch?v=xgOLmjhxVVU

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Seu maior desafio não é apenas conquistar a moça ao mesmo tempo em que tem que se desvencilhar da atual namorada – uma colegial chinesa – e se esforçar para ter um contrato com uma gravadora. A meta é maior e surreal: vencer os sete ex-namorados do mal de sua nova musa. É aí que entram as batalhas de Pilgrim, que mesmo interpretado pelo franzino e popular Michael Cera (de Juno e Superbad – É hoje), aparece com força e habilidades sobre-humanas para enfrentar os adversários e lutar por sua sobrevivência. Entre outros nomes interessantes na produção estão Kieran Culkin (A Estranha Família de Igby), como o amigo gay do protagonista; Chris Evans (o Tocha Humana de Quarteto Fantástico e o próximo Capitão América do cinema), como um dos ex-namorados de Ramona; e o cantor e compositor Beck, que fez as músicas da banda de Pilgrim.

Mesmo com tanta expectativa e sendo tão bem executada, criativa e inovadora, a produção não estreou tão bem nas bilheterias americanas, deixando seus entusiastas se perguntando o motivo do fracasso. Alguns apontaram que plateias de mais de 30 anos não se interessaram pelas aventuras de moleques de 20 anos falando de games e indie rock. Outros disseram que os adolescentes também não ligaram para as referências a jogos clássicos como Atari e até séries como Seinfeld. E ainda há os que apontaram que nem os geeks se identificaram com o personagem principal, já que em vez de ficar enfurnado na casa dos pais diante do computador, ele tem uma banda e bom histórico de conquistas amorosas. Com tudo isso, Scott Pilgrim Contra o Mundo é um cult-movie típico. Aquele do qual poucos gostam, mas gostam muito, e pega bem gostar.

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