Advogada pensa em fazer novo leilão de bens de Clodovil
Depois de arrecadar 370 mil reais com objetos caros leiloados nesta quinta-feira, artigos de menor valor, como sofás, camas, louças e roupas podem também ser vendidos
O sucesso do leilão dos bens do estilista e ex-deputado federal Clodovil Hernandes, que arrecadou 370 mil reais nesta quinta-feira, pode ser repetido em breve. Depois de vender objetos como uma gravata borboleta de ouro branco e diamantes por 46 mil e um baú Louis Vuitton por 23 mil, a advogada do espólio de Clodovil, Maria Hebe de Queiroz, nomeada testamenteira por ele, pensa em colocar à venda artigos de menor valor. “A coisa teve uma repercussão tão boa que eu acho que deveríamos fazer um leilão de peças mais simples, como sofás, camas, louças e roupas”, diz.
Ao todo, foram 156 objetos arrematados. Apenas duas peças não puderam ser vendidas: uma escultura de cobra em bronze e dois sofás desenhados pelo estilista. Segundo Maria Hebe, o secretário de Turismo de Ubatuba e criador do Instituto Clodovil Hernandes, Maurício Petiz, fez um pedido à juíza que cuida do caso para que as duas peças não fossem vendidas. “Ele encaminhou um pedido para que esses bens fossem doados para o Instituto. Ele vem fazendo várias exposições de quadros, roupas e outros artigos de Clodovil”, diz.
A casa do ex-deputado em Cotia também está à venda por 560 mil reais. O montante será usado para quitar as dívidas deixadas por Clodovil, como encargos trabalhistas e a indenização de 240.000 reais para a senadora Marta Suplicy, que venceu um processo contra o estilista em 2004 por difamação.
A advogada ainda espera da RedeTV! o pagamento da multa rescisória de contrato no valor de 3 milhões de reais. Clodovil foi demitido da emissora em 2005. “Eles estão procrastinando. Não tem mais o que fazer”, diz. Clodovil não tem herdeiros. Caso seja arrecadado mais do que o necessário para pagar as dívidas, o dinheiro deve ser destinado à criação da Fundação Isabel Henandes (nome da mãe de Clodovil), um sonho do ex-depudado.