Seul proíbe venda de carros da Volkswagen por caso das emissões
Medida atinge 80 modelos e está relacionada à instalação, por parte da montadora alemã ,de software destinado a burlar testes de impacto ambiental
O governo da Coreia do Sul revogou nesta terça-feira os certificados e proibiu as vendas de 80 modelos da Volkswagen AG no país pelo escândalo de manipulação de dados de emissões poluentes que afeta a montadora alemã. Esse número inclui variações dentro do mesmo tipo, como motorização. A medida afeta 32 tipos diferentes de veículos da Volkswagen e Audi, que compõem a maior parte da oferta das duas marcas no país asiático, segundo indicou o Ministério do Meio Ambiente, em comunicado.
A Volkswagen também recebeu uma multa de 17,8 bilhões de wons (50 milhões de reais) como castigo pelos 47 modelos que superaram, de forma supostamente fraudulenta, as provas ambientais na Coreia do Sul. A montadora, que já esperava esta decisão do governo sul-coreano, deixou de comercializar na semana passada no país os veículos afetados pelo escândalo, que incluem o Volkswagen Golf, Jetta e Tiguan, e os Audi A3 e A6.
O governo sul-coreano ordenou o recall em cerca de 5.800 veículos Audi A4 e A5 em algumas de suas versões TDI comercializados no país desde 2014. O cancelamento de certificados afeta cerca de 209.000 veículos, 68% dos comercializados pela Volkswagen desde 2007 até a atualidade, embora isto mexerá na rotina dos proprietários que poderão seguir dirigindo e até vender os automóveis.
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A punição vem após uma investigação de que a Volkswagen obteve a aprovação das autoridades sul-coreanas para seus veículos apresentando relatórios com resultados falsos sobre o nível de barulho, a eficiência de combustível e as emissões de gases. A origem do caso teve início no ano passado, quando se descobriu que a Volkswagen tinha usado um software fraudulento para falsificar as emissões de seus veículos em vários países, entre eles Coreia do Sul.
O governo sul-coreano impôs ao fabricante alemão, em novembro de 2015, uma multa de 12,9 milhões de dólares e ordenou o recall em 125.000 veículos no país.
(Com EFE)