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Primeiro-ministro holandês pede apoio do Parlamento

Por Por Marie-Laure Michel
24 abr 2012, 14h28

O primeiro-ministro holandês, o liberal Mark Rutte, que na segunda-feira apresentou a sua demissão, pediu nesta terça-feira apoio do Parlamento para a aprovação das medidas de redução do déficit público.

Segundo ele, os problemas são graves demais para que os países baixos fiquem parados, conforme disse Rutte em um discurso no Parlamento, em Haia.

“A economia tropeça, o mercado de trabalho está sob pressão e a dívida pública aumenta mais rápido do que podemos pagar”, afirmou o primeiro-ministro.

Mark Rutte, que na terça-feira apresentou à rainha Beatrix a renúncia de seu governo de centro-direita, o que abriu caminho para eleições antecipadas, disse que contava com o apoio do Parlamento para fazer “o necessário para tirar a Holanda desta difícil situação econômica”.

Após o fracasso das negociações com seu aliado Geert Wilders, líder do Partido da Liberdade (PVV), extrema-direita, que se opõe a medidas de austeridade para reduzir o déficit, o governo deixou de ter maioria no Parlamento.

Para poder adotar um orçamento de austeridade, Rutte precisa do apoio de partidos da oposição.

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O projeto orçamentário para 2013, cujo esboço deverá ser apresentado à Comissão Europeia, inclui medidas para reduzir o déficit público – que em 2011 foi de 4,7%, acima do limite da zona do euro, estabelecido em 3%.

Geert Wilders decidiu não apoiar o plano que prevê cortes de 16 bilhões de euros.

“Minha lealdade é com a Holanda em primeiro lugar e não com Bruxelas”, declarou Wilders no Parlamento, onde defendeu a soberania dos Países Baixos.

O pacote de medidas do governo prevê um ligeiro aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), o congelamento dos salários dos funcionários públicos e uma redução do orçamento da saúde e da cooperação.

“Este é um pacote de medidas que asfixia o cidadão”, justificou Wilders.

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“Nós dissemos isso desde o primeiro dia e repetimos durante sete semanas: a regra dos 3% não é sacrossanta para nós”, disse o líder da extrema-direita.

Enquanto isso, o líder do Partido Trabalhista (PvdA), Diederik Samsom, segunda força política do país com 30 deputados em 150, afirmou que não precisava “segurar a todo custo para manter os 3%”.

O Partido Liberal (VVD) de Mark Rutte está “disposto a negociar”, disse Stef Blok, chefe do grupo parlamentar, mas “é evidente que o déficit deve ser reduzido”.

O PVdA, como o Partido Liberal, a primeira formação da câmara baixa, com 31 deputados, é favorável à realização de eleições legislativas antecipadas antes do verão, em 27 de junho.

O Conselho Eleitoral, responsável pela organização das eleições, acredita que o dia 5 de setembro é a data mais realista.

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A decisão final será tomada pelo governo que renunciou.

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