Por Renan Carreira
Nova York – Os contratos futuros de petróleo fecharam na sexta-feira em queda, pela sexta sessão consecutiva e no menor nível em quase sete meses, com preocupações macroeconômicas e fundamentos fracos da oferta e demanda pesando sobre o mercado. O mercado operou em baixa modesta na maior parte do dia, mas caiu de maneira expressiva faltando meia hora para o final do pregão, chegando a declinar 1,6% antes de se recuperar um pouco antes do fechamento.
O petróleo para junho encerrou em baixa de US$ 1,08 (-1,17%), na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 91,48 por barril. É o menor nível desde 26 de outubro. Na semana, o produto caiu 4,84%. Na plataforma eletrônica ICE, o Brent para julho caiu US$ 0,35 (-0,32%), encerrando a sessão em US$ 107,14 por barril. Na semana, o Brent recuou 4,56%.
O petróleo disparou no início deste ano em meio a rumores de uma interrupção no fornecimento do produto com o aumento das tensões entre o Ocidente e o Irã a respeito das ambições nucleares de Teerã. Agora, no entanto, as preocupações são outras. Incertezas sobre as condições financeiras na Europa, com o rebaixamento de bancos espanhóis e a possível saída da Grécia da zona do euro, juntaram-se a preocupações sobre o crescimento e o desemprego nos Estados Unidos.
Os estoques de petróleo nos EUA estão no maior nível em 22 anos, à medida que a oferta continua a crescer e a demanda arrefece. Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aumentou a produção para se antecipar à retirada do fornecimento iraniano do mercado quando um embargo entrar em vigor no dia 1º de julho.
Tomadas em conjunto, as tendências desenham um cenário pessimista para os fundamentos globais de petróleo. Os preços dos contratos da commodity caíram 13,8% desde 1º de maio e 17,3% abaixo da máxima do ano, registrada em 1º de março. Muitos analistas dizem que a perspectiva é de os preços estarem por volta dos US$ 85. As informações são da Dow Jones.