Por Álvaro Campos
Bratislava – Muitos congressistas da Eslováquia deixaram o Parlamento quando o presidente da Casa, Richard Sulik, começou a discursar contra o projeto que amplia a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês). Sulik lidera um dos quatro partidos que fazem parte da coalizão de governo da primeira-ministra Iveta Radicova, mas se rebelou, fazendo campanha contra a expansão do fundo de resgate da zona do euro.
Outros congressistas ainda devem discursar e, segundo o site local de notícias SME, a votação do projeto deve ocorrer somente às 13 horas (horário de Brasília). A Eslováquia é o último dos 17 países da zona do euro a realizar as votações nacionais necessárias para ratificar as mudanças no fundo de resgate europeu destinadas a lidar com a crise da dívida do bloco.
Apesar do protesto dos congressistas de oposição (que nessa votação apoiam o governo), Sulik aparentemente não se comoveu. “Eu prefiro passar vergonha em Bruxelas do que na frente dos meus filhos”, afirmou, comentando uma possível rejeição do projeto, que deve deixar a Eslováquia em uma situação embaraçosa perante seus colegas da zona do euro. “A EFSF vai prejudicar enormemente a Eslováquia, enquanto favorece bancos estrangeiros”, comentou Sulik.
A própria primeira-ministra fez um discurso no Parlamento, pedindo que os legisladores mostrem solidariedade aos seus parceiros da zona do euro. “Solidariedade é um princípio essencial para o funcionamento da União Europeia. Essa solidariedade é necessária agora, nesse período de crise econômica”, afirmou. A primeira-ministra ligou o projeto de ampliação da EFSF a um voto de confiança sobre seu governo. As informações são da Dow Jones.