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Ministro diz que França será 1ª a adotar imposto sobre transações financeiras

Por Da Redação
10 jan 2012, 13h59

Paris, 10 jan (EFE).- O ministro de Finanças francês, François Baroin, anunciou nesta terça-feira que seu país será o primeiro a aplicar durante este ano o imposto sobre as transações financeiras, a chamada taxa Tobin, com o objetivo de que os outros estados europeus sigam a medida.

‘É incontestável que, se esperamos um consenso mundial, esta taxa não terá. Há países que devem tomar a iniciativa’, ressaltou Baroin na sessão de controle do Governo na Assembleia Nacional.

Ele afirmou que a ‘França será o primeiro país a aplicar esta taxa durante 2012’ com ‘juros baixos e uma base tributável ampla’, após lembrar que Paris trabalha junto com Berlim para aplicar iniciativas e ‘em paralelo com a proposta da Comissão Europeia’ que adotou um projeto de direção em setembro.

Baroin justificou a criação desse imposto sobre as transações por razões ‘orçamentárias, econômicas e morais’: ‘é moral pedir ao setor financeiro, que tem uma parte da responsabilidade na crise, apresentar uma contribuição’, que será coordenada em ‘nível europeu’.

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Em resposta àqueles que advertem que uma iniciada unilateral seria catastrófica para a França, em particular ao setor financeiro do país e aos empresários em geral, que temem um deslocamento do negócio ao exterior – o ministro o negou citando um exemplo.

Ele fez referência à iniciativa do presidente francês anterior, Jacques Chirac, de impor bilhetes de avião com um encargo para financiar remédios para os países pobres, iniciativa que a França liderou, e que apesar das críticas de alguns, ‘foi um êxito’.

‘Esse mesmo espírito nos encoraja com a taxa sobre as transações financeiras’, acrescentou Baroin.

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A ministra do Orçamento francesa, Valérie Pécresse, também afirmou nesta terça-feira que seu país quer atuar com uma missão avançada e promover a taxa sobre as transações financeiras para que seja aplicada em escala europeia, que é a única que faria sentido.

‘Essa taxa só fará sentido se for aplicada na Europa’, reconheceu a ministra em entrevista à rede de televisão ‘France 2’. ‘Estamos reunindo nossos parceiros sobre a necessidade desse imposto’, disse.

‘Nosso desejo é sermos os promotores, porque a França deve dar um empurrão nesta iniciativa’ que é justificada para ‘moralizar o capitalismo’ e ‘frear a especulação’, argumentou a titular do Orçamento.

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Em seu encontro na segunda-feira em Berlim com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, reiterou sua intenção de que seu pais siga com a aplicação desta taxa, mas sempre com o objetivo de levar para toda a Europa: ‘minha convicção é de que, se não dermos o exemplo, a medida não vai acontecer. A ideia da França é aplicar o projeto de direção da Comissão’, explicou. EFE

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