Dólar cai 1,5% após manutenção da taxa de juros nos EUA

Federal Reserve, o banco central americano, sinalizou que fará apenas uma elevação em 2016, o que fortalece moedas de países emergentes, como o Brasil

Por Da redação
Atualizado em 21 set 2016, 20h07 - Publicado em 21 set 2016, 18h11

Janet Yellen, a presidente do Federal Reserve, o banco central americano (Mark Lennihan/AP/VEJA/VEJA)

O dólar fechou em baixa de 1,52% nesta quarta-feira, a 3,21 reais, influenciado pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de manter a taxa básica de juros do país no nível atual, um intervalo entre 0,25% e 0,50%. Na mínima do dia, a moeda americana chegou a ser negociada por 3,20 reais.

Mais do que a manutenção dos juros, o que deu o norte para o mercado de câmbio foi a sinalização do Fed de que elevará os juros apenas uma vez neste ano. Essa parcimônia reduz a aversão ao risco, o que torna mais atraentes os ativos de países emergentes, como o Brasil.

Após a divulgação da decisão sobre os juros, a presidente do Fed, Janet Yellen, disse que o crescimento dos Estados Unidos deve ser mais forte nos próximos meses, o que pode exigir um aumento na taxa de juros para manter a economia longe do superaquecimento e constante a inflação alta.

“Julgamos que o cenário de um aumento se reforçou, mas decidimos esperar no momento” disse Yellen. “A economia tem um pouco de mais espaço para crescer.”

Foi isso que valorizou a moeda brasileira nesta quarta-feira e também deu gás à Bovespa. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, fechou em alta de 1,13%, a 58.393 pontos.