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CNC mostra que perfil de endividamento melhora em junho

Por Da Redação
27 jun 2012, 13h22

Por Vinicius Neder

Rio – Apesar da resistência da inadimplência em cair, o perfil do endividamento das famílias melhorou em junho, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional), divulgada nesta quarta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O porcentual de famílias brasileiras com dívidas passou de 55,9%, em maio, para 57,3%, em junho, mas 12,4% se disseram “muito endividados”. Em maio, 13,9% estavam nessas condições e, em junho de 2011, eram 16,6% das famílias.

Outros indicadores apontam a melhora no perfil do endividamento. O porcentual dos que declararam não ter condições de pagar suas dívidas caiu para 7,5% em junho, contra 7,8% em maio e 8,4% em junho de 2011. Além disso, a parcela da renda comprometida foi de 28,6% em junho, contra 30,1% (maio) e 29,5% (junho de 2011).

Segundo Marianne Hanson, economista da CNC, uma melhora no perfil do endividamento abre espaço para os estímulos à atividade econômica adotados pelo governo, como o afrouxamento da política monetária e incentivos ao consumo, comecem a surtir efeito.

“Os estímulos de política monetária estavam demorando mais tempo para fazer efeito devido ao maior nível de endividamento”, afirmou Marianne. “À medida que as famílias forem conseguindo ter mais folga no orçamento, com uma parcela menor da renda comprometida com dívidas, esses estímulos podem fazer mais efeito, mas não vai ser como em 2010, após a crise porque o patamar de endividamento e inadimplência são outros”, completou.

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A redução da parcela da renda comprometida com dívidas já pode ser efeito da redução nas taxas de juros, na avaliação de Marianne. No entanto, os níveis de inadimplência tendem a resistir, mesmo que parem de subir. A Peic mostrou que o porcentual de famílias com dívidas e contas em atraso caiu de 23,6%, em maio, para 23,3%, em junho. No entanto, a inadimplência ficou estável em relação a junho do ano passado, quando foi de 23,3%, e o nível de endividamento era maior, de 64,1%.

Na análise de Marianne, os estímulos do governo ao consumo e à expansão do crédito contribuem para impedir uma queda mais rápida na inadimplência. Mesmo a redução nas taxas de juros pode ter efeitos contraditórios: parte dos consumidores podem trocar suas dívidas e quitar atrasos, enquanto outros endividados podem tomar novos financiamentos.

“As famílias que não estão endividadas vão se favorecer do incentivo ao consumo. As que já estão bastante endividadas têm a chance de reduzir seu endividamento, mas se aumentarem o consumo, tendem a manter um patamar de comprometimento da renda elevado”, afirmou a economista da CNC.

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