BTG se associa com Roger Agnelli para criar a B&A Mineração
Com investimento de 1,04 bilhão de reais, B&A Mineração terá foco no Brasil, América Latina e África
O BTG Pactual confirmou na manhã desta quinta-feira, por meio de fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a associação de sua subsidiária BTG Investments com a AGN Agroindustrial, Projetos e Participações, controlada pelo empresário e ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, para explorar minérios.
Para realizar a atividade em conjunto, foi criada uma nova empresa chamada B&A Mineração, por meio da qual tratarão de oportunidades de investimento no setor de mineração, com foco no Brasil, América Latina e África.
De acordo com o comunicado, a associação envolve uma intenção de investimento no valor correspondente, em reais, a até 520 milhões de dólares, para custear seu plano de negócios, desenvolvimento e expansão orgânica e por aquisições.
Parceria – Agnelli disse em entrevista à imprensa nesta quinta-feira que a sua empresa terá exclusividade com o BTG Pactual em projetos de mineração. Ou seja, todos os projetos de mineração da AGN serão tocados juntamente com o BTG. Agnelli disse que a B&A, empresa fruto da fusão entre as duas empresas, já identificou oportunidades de investimentos.
“As commodities estão em processo de calmaria, mas o ciclo é de longo prazo. Os olhos estão no longo prazo. É um período para aproveitar as oportunidades”, disse. Os investimentos estarão mais concentrados no Brasil e África. Segundo Carlos Fonseca, do BTG, a empresa já nasce com projetos acontecendo. Já o CEO, Eduardo Ledsham, disse que a nova companhia está aberta a “qualquer modelo de negócios”.
De acordo com Ledsham, a empresa também está interessada em operar em projetos de titânio. O executivo destacou que há janelas de oportunidades e no momento a B&A está “escaneando” negócios. Em um primeiro momento, a nova empresa vai buscar projetos de pequeno e médio porte. “Estamos abertos para conversar sobre parcerias”, disse.
A expectativa é de que os primeiros projetos da B&A entrem em operação no prazo de três a cinco anos. Segundo Ledsham, os olhares da nova empresa estão voltados para ativos disponíveis na África, onde há disponibilidades de ativos com custos melhores. Na região, o executivo destacou que os desafios envolvem logística, deficitária no local. “Parcerias em mineração e logística são fundamentais”, disse Ledsham. Segundo Agnelli, a “África não é futuro, é presente”.
A B&A já possui parceria firmada com a empresa Rio Verde, que atua na área de fertilizantes no Brasil e a fabricante de cobre chilena Cuprum, que deverá operar a partir de 2014. Apesar de grande parte do aporte inicial da companhia ser do BTG, o controle da empresa será 50% do BTG e 50% da AGN.
Carlos Fonseca, sócio do BTG Pactual destacou que este momento de crise é interessante para buscar investimentos. “O capital para investimento está relativamente restrito”, disse ele, destacando que a B&A Mineração nasce com o objetivo de investir 1,04 bilhão de reais.
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A volta de Roger Agnelli: 1 bilhão de reais em investimentos
(Com Agência Estado)