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Após escândalo, Wal-Mart cria cargo para vigiar lei anticorrupção

Por Da Redação
24 abr 2012, 16h49

Nova York, 24 abr (EFE).- O gigante varejista Wal-Mart anunciou nesta terça-feira a criação de um novo cargo que vigiará o cumprimento pela empresa da Lei sobre Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês), medida adotada após o escândalo pelos supostos subornos as autoridades no México por parte da maior rede de varejo do mundo.

‘Este novo cargo será responsável pelo cumprimento da lei em cada um dos nossos mercados no mundo todo e supervisionará outros cinco diretores encarregados também do cumprimento dessa lei no exterior’, afirmou nesta terça-feira o porta-voz da empresa, David Tovar, em comunicado à imprensa.

No caso concreto do México, Wal-Mart divulgou que iniciou ‘ações’ para prevenir este tipo de delito, entre as quais a designação de um desses cinco diretores anticorrupção no país latino-americano, que responderá diretamente ao chefe do departamento que acaba de ser criado.

O gigante no varejo acrescentou que reforçará seus controles internos, iniciará políticas ‘robustas’, melhorará a formação de seus funcionários e aumentará as auditorias, entre outras medidas para evitar o descumprimento da legislação deste país que luta contra as práticas de corrupção no exterior por parte das empresas americanas.

O anúncio ocorre três dias depois de o jornal ‘The New York Times’, citando e-mails e arquivos internos da empresa, publicasse que a Wal-Mart sabia das denúncias de ‘subornos estendidos’ no México por parte de seus empregados desde 2005 e que altos executivos da companhia esconderam os casos.

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Conforme o jornal, os subornos ultrapassaram os US$ 24 milhões para conseguir permissões de novos armazéns no México, um país onde fica uma de cada cinco lojas da rede americana no mundo todo.

Como reação ao artigo, Wal-Mart revelou nesta terça-feira que ‘é importante destacar alguns pontos nesse contexto’, entre os quais que as acusações apresentadas pelo jornal nova-iorquino ‘têm mais de seis anos’, e que há seis meses a empresa iniciou uma ‘agressiva investigação’ sobre os fatos aos quais diz respeito essa história.

A empresa americana, que é o maior empregador privado no México com total de 209 mil trabalhadores, reiterou que ‘não vai tolerar nenhuma violação’ da Lei de Práticas Corruptas no Exterior em nenhum lugar e também em qualquer nível.

As acusações contra Wal-Mart levantaram de novo a polêmica sobre as práticas das companhias americanas no exterior e segundo apontaram diversos analistas o escândalo poderia terminar sendo problemático para a empresa e tornar difícil a abertura de novas lojas tanto nos EUA quanto no exterior. EFE

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